Aumento de Casos de SRAG Alerta para Cuidados e Vacinação

© Rovena Rosa/Agência Brasil

 

Especialistas destacam a importância da vacinação e medidas preventivas para conter avanço de doenças respiratórias graves.

 

Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresentaram aumento em seis estados e dez capitais brasileiras, segundo o boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (12). A tendência preocupa especialistas, que enfatizam a necessidade de vacinação e atenção aos grupos de risco.

O crescimento foi identificado no Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Rondônia e Santa Catarina. Já as capitais com maior sinal de alerta incluem Aracaju, Brasília, Boa Vista, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Porto Velho, São Luís e Vitória.

De acordo com o levantamento, no Ceará, o aumento está relacionado às infecções por covid-19, especialmente entre idosos. Por outro lado, em estados como Distrito Federal, Maranhão e Santa Catarina, crianças e adolescentes têm sido os mais afetados, em grande parte por rinovírus.

Tatiana Portella, pesquisadora da Fiocruz, ressalta o potencial de disseminação do vírus: “Com o aumento dos casos de covid-19 no Ceará, é possível que o vírus se espalhe para outros estados. A vacinação em dia é crucial, especialmente para idosos, crianças e outros grupos vulneráveis.”

Internações e Mortes

Entre os casos diagnosticados nas últimas semanas, 40,5% foram causados por rinovírus e 29,6% por coronavírus. Contudo, entre os óbitos, a covid-19 segue como a principal responsável, representando 58,6% das mortes por SRAG.

Até o início de dezembro, mais de 167 mil casos e cerca de 10 mil mortes foram registrados no Brasil. O vírus sincicial respiratório foi o mais comum nos casos positivos, mas a covid-19 lidera entre os óbitos.

Prevenção e Cuidados

Portella reforça a necessidade de seguir medidas preventivas: “Ao apresentar sintomas gripais, o ideal é isolar-se em casa ou usar máscaras ao sair. Caso os sintomas piorem, é fundamental buscar atendimento médico.”

A Fiocruz destaca a continuidade das práticas de etiqueta respiratória e o reforço das campanhas de vacinação para enfrentar o aumento de casos e proteger as populações mais vulneráveis.