Inflação deve fechar 2023 abaixo de 4,5%, diz ministro da Fazenda

© Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Fernando Haddad afirma que alta recente nos preços é temporária e causada por câmbio e seca, não por aquecimento econômico

 

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (24) que, apesar dos repiques recentes, a inflação no Brasil deve fechar o ano abaixo de 4,5%, o teto da meta estipulada pelo Banco Central. Em entrevista concedida em Washington, onde participa de reuniões do FMI, Banco Mundial e G20, Haddad explicou que a recente alta nos índices de preços reflete fatores de curto prazo, como o câmbio e a seca, e não o aquecimento econômico.

“Embora os núcleos de inflação tenham apontado uma variação superior à esperada, a inflação deve ficar dentro da meta. A alta está mais relacionada ao câmbio e à seca do que a uma pressão contínua nos preços”, disse o ministro.

Nesta quinta-feira, o IBGE divulgou que o IPCA-15, prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,54% em outubro, impulsionado pela bandeira vermelha nível 2 nas tarifas de energia e pelo aumento nos preços dos alimentos. No acumulado de 12 meses, o índice chegou a 4,47%, próximo ao teto da meta.

Reuniões internacionais e compromissos do ministro

Ainda em Washington, Haddad se reuniu novamente com representantes da agência de classificação de risco S&P Global, com quem já havia dialogado em Nova York no fim de setembro. Segundo o ministro, a própria agência solicitou o novo encontro para discutir projeções econômicas do Brasil de médio e longo prazo, após ter elevado a nota de crédito soberano do país no ano passado.

Além disso, Haddad participou de um evento da Força-Tarefa de Mobilização Global contra as Mudanças Climáticas (TF-Clima) e de uma reunião restrita do FMI com ministros de Finanças, onde foram apresentados cenários econômicos globais. O ministro, juntamente com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, retornará ao Brasil nesta sexta-feira (25).