Tecnologia agiliza construção de rede de escoamento do Drenar DF

Foto: Paulo H.Carvalho/Agência Brasília

 

As galerias pluviais que vão resolver os problemas de alagamento no início da Asa Norte são revestidas de aço galvanizado e concreto

 

 

Nada de abrir grandes valas nas ruas ou utilizar pesadas manilhas de concreto. O método de construção empregado pelo Drenar DF aposta em alta tecnologia para garantir maior agilidade e menor impacto em suas obras. O projeto de drenagem, que vai resolver de forma definitiva os problemas de alagamento em áreas críticas do Plano Piloto e Taguatinga, já está em execução nas quadras 401/402 e 201/202 da Asa Norte.

Os 7,68 km de rede serão construídos usando o método ‘tunnel liner’, técnica que reveste as galerias com chapas de aço curvadas | Foto: Paulo H.Carvalho/Agência Brasília

A primeira etapa do Drenar DF começa nas proximidades do Estádio Nacional Mané Garrincha e desce pela via L4 Norte, até desaguar no Lago Paranoá. As galerias vão correr em paralelo às quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402. Antes de chegar ao destino final, a água passará por uma bacia de retenção para que sua velocidade seja reduzida. O investimento feito no novo sistema de escoamento é de R$ 174 milhões.

Além de provocar um impacto mínimo na superfície, a tecnologia tem outras vantagens. O tunnel liner permite uma melhor adaptação aos obstáculos que porventura sejam encontrados durante a escavação, como adutoras de água e redes de energia

Os 7,68 km de rede serão construídos usando o método tunnel liner, técnica que reveste as galerias com chapas de aço curvadas. As placas, com espessuras que variam de 2,2 a 6,5 mm, são parafusadas umas às outras conforme a escavação avança. “Não deixa de ser uma tubulação, mas a forma de execução é diferente – muito mais rápida e segura”, afirma o engenheiro civil Antônio Guimarães, um dos responsáveis pela obra.

O processo de abertura dos túneis do Drenar DF envolve quatro etapas. “Primeiro, é feita a escavação manual do trecho com pás e picaretas”, explica Antônio. “O material resultante da abertura é removido até a superfície para que, então, a montagem das chapas de aço seja executada”. Por fim, os espaços vazios que surgem entre as placas e o solo são preenchidos com a injeção de uma mistura de argamassa e cimento.

Para proteger o aço, o interior da tubulação também é revestido. “Aplicamos concreto sobre as chapas com a ajuda de uma tela, criando um cobrimento que varia entre 5 e 7,5 centímetros”, detalha o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço Filho. “Esse revestimento previne a deterioração do túnel, protegendo as placas de aço contra agentes corrosivos”.

Além de provocar um impacto mínimo na superfície, a tecnologia tem outras vantagens. O tunnel liner permite uma melhor adaptação aos obstáculos que porventura sejam encontrados durante a escavação, como adutoras de água e redes de energia. Também garante maior agilidade à construção, já que envolve um sistema de montagem simples, com chapas de fácil transporte e manuseio.

 

Com informações  da Agência Brasília