
Implantado em julho de 2024, modelo modernizou bilhetagem e reduziu uso de cédulas para apenas 1,24% dos acessos
Há exatamente um ano, em 1º de julho de 2024, o Distrito Federal deu início à implantação do pagamento digital nas passagens do transporte público coletivo. A modernização começou com 52 linhas — cerca de 5,65% da rede — e foi concluída em dezembro, alcançando todas as 931 linhas em operação.
Segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF), a adesão ao sistema foi expressiva: apenas 1,24% dos mais de 1,4 milhão de acessos diários ainda são feitos com dinheiro, restrito à compra de bilhetes avulsos. Cerca de 70% das viagens são pagas por aproximação, com cartões ou dispositivos móveis.
O Cartão Mobilidade lidera entre os meios digitais, respondendo por 37,75% dos acessos. Em seguida, estão o Vale-Transporte (22,2%) e os cartões bancários com tecnologia EMV (9%). No grupo das gratuidades, o Cartão Estudante representa 18,11% dos acessos, seguido pelos cartões Especial (6,42%), Sênior (4,47%) e Criança (menos de 1%).
O secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, destacou que a digitalização trouxe agilidade e segurança ao sistema. “Conseguimos implantar o pagamento digital em tempo recorde. Estamos também renovando a frota com veículos mais confortáveis e menos poluentes, além de implementar o Centro de Supervisão de Operações para monitorar as linhas em tempo real e permitir que o passageiro planeje melhor suas viagens”, afirmou.
Desde o início da digitalização, a emissão de Cartões Mobilidade cresceu 47%, passando de 491.331 para 723.469 unidades até o final de maio deste ano, segundo o BRB Mobilidade, responsável pela operação do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA).
Mais da metade das recargas — cerca de 55% — é feita via Pix. Para quem prefere usar dinheiro, o sistema conta com 204 pontos físicos de atendimento para recargas, além de 70 locais para emissão de cartões e segunda via.