
Atualização da embalagem visa facilitar o diagnóstico precoce e ampliar o acesso ao tratamento, contribuindo para a eliminação da transmissão
O Ministério da Saúde do Brasil está promovendo uma importante atualização no combate ao HIV, com a introdução de uma nova embalagem para o autoteste de HIV. A embalagem menor e mais discreta visa tornar o exame mais acessível e prático, garantindo que mais pessoas possam realizar o teste de forma confortável e no momento que preferirem. Essa mudança não é apenas estética, mas estratégica, já que facilita o transporte e aumenta a aceitação do teste, ampliando a detecção precoce e o tratamento no tempo certo, essencial para a eliminação da transmissão.
Artur Kalichman, coordenador geral de Vigilância de HIV e Aids, enfatiza que essa inovação contribui para um diagnóstico mais rápido e eficaz. Com distribuição gratuita em todo o país, o autoteste pode ser feito com facilidade, utilizando uma amostra de fluido oral, e oferece resultados em apenas 20 minutos. A nova embalagem ainda inclui uma tarja vermelha, indicando que sua venda é proibida, além de um número de suporte disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.
O autoteste é especialmente recomendado para pessoas expostas ao risco de contágio, como em situações de relação sexual desprotegida, violência sexual ou acidentes de trabalho com objetos perfurocortantes. Embora o autoteste não substitua um diagnóstico definitivo, ele é um primeiro passo fundamental para o acesso ao tratamento e à profilaxia pós-exposição (PrEP), serviços que podem ser acessados diretamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Com mais de 182 mil autotestes distribuídos até 2023, a iniciativa tem mostrado seu impacto, sendo uma ferramenta importante na resposta ao HIV, que se torna cada vez mais inclusiva e acessível para toda a população. A simplificação do processo de testagem é uma forma de quebrar barreiras, proporcionando uma resposta mais eficaz e humanizada no enfrentamento da epidemia.