Aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave

Foto de Brittany Colette na Unsplash

 

Crianças e adolescentes são os mais afetados, enquanto idosos enfrentam crescimento de SRAG por Covid-19 em diversos estados, revela estudo

 

 

O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (16), indica um aumento preocupante nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em São Paulo e Bahia, especialmente entre crianças e adolescentes de dois a 14 anos. O estudo também revela um sinal de crescimento de SRAG por Covid-19 entre os idosos nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

Segundo a Fiocruz, enquanto a mortalidade por SRAG na população entre 5 e 64 anos tem sido dominada pelo vírus Influenza A, o aumento de casos na Bahia está relacionado ao rinovírus. Em São Paulo, embora ainda não seja possível fazer essa associação, a faixa etária afetada sugere que o rinovírus pode ser um dos responsáveis pelo aumento.

Apesar desse crescimento em áreas específicas, o boletim aponta uma diminuição geral da SRAG em nível nacional, atribuída à queda no número de casos por vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza A. O VSR, que continua sendo a principal causa de internação e óbitos em crianças até dois anos, demonstra sinais de redução em grande parte do país.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz), destaca que estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais já mostram uma estabilização no crescimento de SRAG por Influenza A entre idosos. Além disso, a redução dos casos de SRAG por VSR, especialmente no Rio Grande do Sul, indica uma possível contenção dessa ameaça em crianças.