Com o programa, famílias de alunos da rede pública de 4 a 17 anos conseguem comprar produtos de qualidade para o aprendizado do dia a dia
A volta às aulas tem pesado menos no bolso das famílias em situação de vulnerabilidade social no Distrito Federal. A dona de casa e mãe solo Francisca Iarla Ferreira, de 27 anos, moradora da Estrutural e beneficiária do Cartão Material Escolar (CME), conta que o recurso concedido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) tem permitido realizar os sonhos do filho de 8 anos.
“Todos os dias, ele me pedia um estojo e uma lapiseira. Eu estou sem trabalhar e fiquei com medo de não ter condições de comprar. Foi um alívio quando o Cartão Material Escolar saiu. Fomos à loja e consegui comprar o estojo e a lapiseira, que eram o sonho dele. Fiquei muito feliz em dar a ele algo tão simples, mas que não tinha condições de comprar”, relata.
O benefício tem possibilitado que mais de 170 mil estudantes da rede pública do DF escolham os materiais que desejam para as aulas. Desde o início do ano, o GDF já liberou o valor de R$ 52 milhões para a compra dos itens escolares por meio do CME.
A iniciativa ainda injeta dinheiro no comércio local, valorizando os pequenos comerciantes. Este ano, foram cadastradas 339 papelarias aptas a comercializar os materiais da lista fornecida pelas escolas da rede pública.
O programa é destinado a estudantes entre 4 e 17 anos matriculados na rede pública, cujos responsáveis sejam beneficiários do Bolsa Família ou de programa similar do governo federal, com cadastro e moradia comprovada no DF. São contemplados estudantes de educação infantil, ensino fundamental, médio e educação especial. Os beneficiários recebem créditos de R$ 320 para alunos do ensino infantil, especial e fundamental, enquanto os alunos do ensino médio têm um crédito de R$ 240.
Para a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, o grande mérito do programa é possibilitar que os estudantes de famílias em situação de vulnerabilidade possam ter acesso a materiais escolares de qualidade. “Sempre fui uma grande defensora do Cartão Material Escolar porque é de extrema importância que os estudantes carentes tenham igualdade de escolha dos próprios materiais como aqueles que têm condições de comprar. É um programa que promove a inclusão e, por isso, nós prezamos por ele e por sua expansão”, afirma.
A iniciativa ainda injeta dinheiro no comércio local, valorizando os pequenos comerciantes. Este ano, foram cadastradas 339 papelarias aptas a comercializar os materiais da lista fornecida pelas escolas da rede pública
A dona de casa Francisca Iarla explica a mudança proporcionada pelo benefício. “Quando não tinha, não conseguia comprar todo o material; era somente lápis, borracha e caderno. E agora podemos comprar um material melhor para nossos filhos. O cartão faz muita diferença na minha vida e na de quem recebe”, conta. Ela acredita ainda que o benefício estimula o filho a ir mais animado para a escola. “Sempre converso com ele e falo que o estudo é muito importante. Eu não estudei e peço sempre a ele que estude, pois o aprendizado será muito importante para o futuro”, completa.
O CME deve ser utilizado na modalidade débito para aquisição de materiais escolares ou de outros itens de natureza obrigatoriamente relativa a material didático, conforme lista publicada e atualizada periodicamente pela Secretaria de Educação do DF, nas papelarias credenciadas pela Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Econômico do DF.
Com informações da Agência Brasília