OMS alerta para aumento de casos de sarampo: vacinação é fundamental

Foto: Breno Esaki/Agência Brasília

 

Organização Mundial da Saúde destaca a importância da imunização diante de registros crescentes da doença em diversos países

 

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta global para o aumento de casos de sarampo, reforçando a necessidade urgente de vacinação para conter a disseminação do vírus. Países como México, Estados Unidos, Reino Unido e Portugal têm emitido alertas após confirmarem casos recentes da doença, incluindo o óbito de uma criança na Argentina.

No Brasil, o Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um alerta após confirmar um caso importado de sarampo. O paciente, um menino de 3 anos procedente do Paquistão, país com circulação endêmica da doença, chegou ao município de Rio Grande no final de dezembro.

Diante desse cenário, autoridades de saúde recomendam a aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e adultos até 59 anos. A imunização é crucial para interromper a transmissão do vírus e prevenir surtos da doença.

O sarampo é altamente contagioso e pode infectar até nove em cada dez pessoas suscetíveis ao vírus. Transmitido por secreções respiratórias, como tosse e espirros, a doença pode ser grave, especialmente em crianças menores de 5 anos, imunodeprimidos e desnutridos.

Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), ressalta a importância da vigilância e da vacinação para evitar surtos da doença. Ele destaca que o Brasil perdeu a certificação de eliminação do sarampo em 2018 e está em busca de recertificação.

“A entrada de casos importados deve ser monitorada de perto para evitar a disseminação do vírus e a ocorrência de novos surtos. Além disso, é fundamental manter altas taxas de vacinação para proteger a população”, afirma Kfouri.

O especialista destaca a necessidade de investigação e vigilância ativa para identificar casos suspeitos e garantir uma resposta rápida diante de novas ameaças. “Devemos estar preparados para responder prontamente a qualquer caso suspeito e garantir que a vacinação seja acessível a todos”, conclui Kfouri.