
Presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, enfatiza a importância de manter viva a memória dos eventos de 8 de janeiro do ano passado
Nesta terça-feira (8), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, conduziu uma sessão solene para marcar um ano dos atos golpistas que resultaram na invasão e depredação da sede do STF. Barroso destacou a importância de manter viva a memória daquele dia e condenou os “falsos patriotas” e “falsos religiosos” envolvidos nos ataques.
“Jamais esqueceremos! E estamos aqui para manter viva a memória do episódio que remete ao país que não queremos. O país da intolerância, do desrespeito ao resultado eleitoral, da violência destrutiva contra as instituições. Um Brasil que não parece com o Brasil”, afirmou o ministro.
Barroso criticou os participantes dos ataques, descrevendo-os como “falsos patriotas” e “falsos religiosos” que desmoralizaram símbolos nacionais. Ele enfatizou a necessidade de pacificação na sociedade brasileira, destacando que divergências políticas não devem transformar uns aos outros em inimigos.
A sessão solene contou com a presença de ministros da Corte, procurador-geral da República, advogado-geral da União, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outros representantes. Durante a audiência, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, e a ministra aposentada Rosa Weber também estavam presentes.
Além da sessão, foi inaugurada a exposição “Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia”, que retrata a depredação do STF e o processo de reconstrução. A exposição estará aberta ao público no térreo do edifício sede do Supremo a partir do dia 9 de janeiro.
Os danos causados à sede do STF e ao seu acervo foram estimados em aproximadamente R$ 12 milhões, com a perda de 106 itens históricos considerados de valor inestimável. A reconstrução envolveu a restauração de peças simbólicas, como o Brasão da República, e a reposição de elementos danificados.