Anvisa Avalia Regulamentação de Cigarros Eletrônicos em Consulta Pública

Foto de Grav na Unsplash

 

Decisão sobre possível consulta pública será discutida pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

 

 

 

Nesta sexta-feira (1º), a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá avaliar a possibilidade de colocar em consulta pública a regulamentação de cigarros eletrônicos no Brasil. A resolução em vigor desde 2009 proíbe a fabricação, comercialização, importação e propaganda desses dispositivos, conhecidos como vapes.

Na última quarta-feira (22), a Anvisa publicou a pauta da reunião, destacando que recebeu diversos pedidos de manifestação oral e acesso à agência por parte de representantes do setor regulado, entidades civis e da população em geral. Entretanto, a diretoria colegiada optou por conduzir a reunião sem a presença desses representantes para garantir a normalidade do evento. O debate será transmitido pelo canal oficial da Anvisa no YouTube.

No ano passado, a diretoria colegiada da Anvisa aprovou por unanimidade um relatório técnico que recomendava a manutenção da proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar. O documento propunha medidas adicionais para combater o comércio irregular desses produtos, incluindo o aumento das ações de fiscalização e campanhas educativas.

Os cigarros eletrônicos, apesar de proibidos no Brasil, podem ser encontrados em diversos estabelecimentos comerciais, e seu consumo, especialmente entre os jovens, tem crescido. A nicotina, presente na maioria desses dispositivos, é uma droga psicoativa que causa dependência. A Associação Médica Brasileira alerta para os riscos à saúde, destacando que muitos desses produtos contêm substâncias tóxicas e cancerígenas.

Além do debate na Anvisa, tramita no Senado Federal o Projeto de Lei (PL) 5008/2023, que propõe a legalização da produção, importação, exportação e consumo de cigarros eletrônicos no Brasil. A discussão sobre esses dispositivos envolve preocupações com a saúde pública, especialmente entre os jovens, e a manutenção das políticas de controle do tabaco que fazem do Brasil referência internacional nessa área.