Detento envolvido nos atos de 8 de janeiro morre na Penitenciária da Papuda

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Cleriston Pereira da Cunha, um dos presos pelos eventos ocorridos no Senado em janeiro, teve um mal súbito durante o banho de sol e não resistiu, segundo informações da administração do presídio. Defesa alega que ele não participou dos atos de vandalismo

 

 

 

Na manhã desta segunda-feira (20), Cleriston Pereira da Cunha, um dos detidos pelos atos ocorridos em 8 de janeiro, faleceu nas dependências da Penitenciária da Papuda, em Brasília. O preso teve um mal súbito durante o banho de sol, de acordo com informações fornecidas pela administração do presídio.

Os bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados para prestar socorro ao detento. Apesar dos procedimentos de reanimação cardiorrespiratória realizados pelas equipes de resgate, Cleriston Pereira não resistiu.

Cleriston Pereira foi detido no Senado durante os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro. Sua defesa alega que o acusado não participou das ações e entrou no Congresso para se proteger dos efeitos das bombas de gás lançadas pela polícia durante a repressão aos eventos.

A morte do preso foi comunicada pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que havia determinado as prisões dos envolvidos nos eventos de janeiro e era relator do processo ao qual o acusado respondia.

Ao ser informado sobre o óbito, Moraes determinou que a direção do presídio forneça informações detalhadas sobre o caso, incluindo o prontuário médico e o relatório médico dos atendimentos recebidos por Cleriston Pereira durante sua custódia.

Antes de sua morte, a defesa de Cleriston havia solicitado a soltura do acusado em petição encaminhada ao ministro em 7 de novembro. O advogado Bruno Azevedo de Sousa alegou que seu cliente tinha parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) para ser libertado, mas o pedido não havia sido julgado até o momento. A defesa reiterou seus argumentos e pediu a análise dos mais de oito pedidos de liberdade apresentados pelo acusado.