Brasil enfrenta desafios no combate à tuberculose, uma das principais causas de morte no país
A tuberculose permanece como um grave problema de saúde pública no Brasil, resultando em uma média de 5 mil mortes anuais, destacando-se como um desafio para o país. A avaliação é da secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, que recentemente assumiu a presidência de um grupo de trabalho focado na tuberculose da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O grupo, que reúne representantes de 12 países, tem o objetivo de buscar soluções para a erradicação da doença em nível global. Ethel Maciel ressaltou que o Brasil está entre as 30 nações com maior concentração de casos de tuberculose no mundo.
Ela destacou que a tuberculose afeta de maneira desproporcional as populações mais vulneráveis socialmente, especialmente aquelas que enfrentam dificuldades de acesso a moradia e alimentação.
Os anos de pandemia de Covid-19 representaram um retrocesso no combate à tuberculose, levando a uma estagnação nos indicadores de mortalidade, semelhantes aos de uma década atrás. Pacientes têm chegado aos serviços de saúde com quadros mais graves, agravando a situação.
No âmbito do Ministério da Saúde, um comitê interministerial tem atuado desde o início do ano para eliminar a tuberculose e outras doenças relacionadas a fatores sociais. A eliminação dessas doenças é considerada uma prioridade, com planos estratégicos em vigor até 2023, envolvendo ações como pesquisa, melhorias nos serviços de saúde e educação da população.
Ethel Maciel enfatizou que pessoas que apresentam tosse por mais de duas semanas devem procurar os serviços de saúde, pois esse sintoma pode indicar tuberculose. Ela lembrou que o tratamento é totalmente gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas dura 6 meses, o que o torna desafiador devido ao acompanhamento necessário do paciente durante todo esse período.
