Plano distrital cria medidas de proteção para produção de peixes do DF

Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

 

‌Documento estabelece a realização de visitas e inspeções às propriedades de criação e a locais de abate e beneficiamento de pescado

 

 

O Governo do Distrito Federal (GDF) publicou, na última semana, o Plano Distrital de Vigilância e Boas Práticas em Aquicultura (PDVAq), com o objetivo de proteger os cultivos de doenças e garantir a qualidade do pescado consumido pelos brasilienses.

“O DF é considerado o terceiro maior consumidor de pescados do Brasil e apenas 20% desse consumo é produzido aqui. Então, temos margem para crescimento, com público interessado nos produtos”Ricardo Raposo, analista de Desenvolvimento e Fiscalização Agropecuária

Em execução desde janeiro, as medidas do plano incluem a realização de visitas às propriedades para observação de uso de boas práticas e medidas de biosseguridade e profilaxia de doenças, inspeção clínica nos estabelecimentos de abate e beneficiamento de pescado, entre outras ações. O Distrito Federal reúne 907 explorações de animais aquáticos, conforme cadastro de junho da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri).

‌O documento foi desenvolvido pela Subsecretaria de Defesa Agropecuária, com base em informações sanitárias das aquiculturas, dados de produção aquícola e análises de vigilância produzidos pela Coordenação de Epidemiologia.

Segundo o analista de Desenvolvimento e Fiscalização Agropecuária da Seagri, Ricardo Raposo, as ações estratégicas visam o controle, erradicação e detecção precoce de doenças para minimizar possíveis prejuízos econômicos. As diretrizes beneficiarão também os consumidores dos pescados locais.

As medidas do plano incluem a realização de visitas às propriedades para observação de uso de boas práticas e medidas de biosseguridade e profilaxia de doenças, inspeção clínica nos estabelecimentos de abate e beneficiamento de pescado, entre outras ações | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

“Aumentar a proteção das propriedades em relação às doenças é automaticamente melhorar a qualidade do pescado do DF”, pontua Raposo. “O DF é considerado o terceiro maior consumidor de pescados do Brasil e apenas 20% desse consumo é produzido aqui. Então, temos margem para crescimento, com público interessado nos produtos.”

O cultivo instalado na capital federal está distribuído em 625 propriedades diferentes, sendo 556 de tilápia – equivalente a 88% do total, 101 de peixes redondos como tambaqui, pacu e pirapitinga; 46 de pintado, 64 de peixes ornamentais como carpas de produção e kinguios, 12 de crustáceos (camarão-cinza, camarão-gigante-da-Malásia, caranguejo-uçá etc), 2 de anfíbios e o restante composto por pequenas quantidades de diversas espécies de peixes.

O PDVAq será aplicado em todas as regiões administrativas e pode ser atualizado sempre que necessário. As informações obtidas nas propriedades rurais são computadas em relatório para análise do que pode ser melhorado ou modificado.

Os objetivos do Plano Distrital de Vigilância e Boas Práticas em Aquicultura são:
– Robustecer as ações de vigilância de doenças na produção aquícola do Distrito Federal
– Reduzir os impactos econômicos na cadeia de aquicultura local decorrentes de doenças existentes no país e prevenir a endemização de enfermidades não registradas ou pouco prevalentes no Distrito Federal
– Demonstrar a ausência e manter-se livre de patógenos exóticos e emergentes
– Melhorar a qualidade do pescado proveniente de aquicultura produzido no Distrito Federal
– Promover educação sanitária com foco em biosseguridade e boas práticas em aquicultura
– Tornar o Distrito Federal uma unidade federativa de excelência em aquicultura

‌Confira aqui a íntegra do Plano Distrital de Vigilância e Boas Práticas em Aquicultura.