A Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal do Governo do Distrito Federal (SEMA-DF) e representantes dos órgãos ambientais de todo país reuniram-se, hoje (19), para a 113ª reunião ordinária da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (ABEMA), na nova sede, para intensa agenda de debates sobre a política ambiental brasileira.
Na Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada em Brasília, ocorreram as eleições das vice-presidências regionais, membros dos conselhos diretor e fiscal, além das coordenações por bioma para o biênio 2023-2025.
A indicação para compor a chapa foi da então presidente da Abema, Mauren Lazzaretti, que seguirá no cargo pelos próximos dois anos. “Dentro do conselho diretor, todos fazem parte das decisões. O grande objetivo é de que os estados e os associados se engajem e que tenhamos cada vez mais participação”, reforçou a presidente.
Para o secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal do DF, Gutemberg Gomes, a ABEMA oportuniza aos órgãos estaduais de meio ambiente realizar troca de conhecimento e experiências, além de permitir que possamos vivenciar a realidade ambiental de cada Estado”, destacou.
Após a AGO, o encontro seguiu com a realização da 113ª Reunião Ordinária da Abema. Entre as pautas, houve a apresentação, por parte de uma consultoria, sobre alternativas para o financiamento de projetos de mitigação climática realizados nos estados.
A última pauta da reunião no período da manhã foi o fortalecimento da governança climática. À tarde, o encontro seguiu com o lançamento, por parte da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), da norma que trata da especificação para demonstração de neutralidade de carbono.
De acordo com a subsecretária de Gestão Estratégica, Suzzie Valadares, outro ponto que ganhou destaque entre os participantes foi a Norma ABNT PR 2060, lançada durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, no Egito, a primeira Prática Recomendada para a demonstração de neutralidade de carbono.
Segundo a ABNT, a PR 2060 foi baseada em um documento do Organismo Nacional de Normalização Britânico (BSI) e modificado com novos conceitos, alinhados às normas internacionais ISO relacionadas ao tema de redução de emissões dos gases de efeito estufa.
Essa norma estabelece diretrizes e requisitos para a implementação de processos de inovação nas organizações. Representa um avanço significativo na área de gestão da inovação e foi uma resposta à necessidade crescente das empresas em se manterem competitivas e adaptadas às rápidas mudanças do mercado. Ela fornece um conjunto de orientações práticas e estruturadas, baseadas em boas práticas, para a gestão efetiva da inovação. O documento traz requisitos a serem cumpridos por qualquer empresa ou entidade que busque demonstrar neutralidade de carbono por meio da quantificação, redução e compensação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) de um objeto exclusivamente identificado.
A ABEMA reúne e representa os órgãos ambientais estaduais do Brasil e é um importante ator subnacional, com alcance de representação de múltiplos olhares sobre o cenário ambiental e climático do Brasil. Ela alinha e fortalece a representação subnacional e contribui para a consolidação do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e do Sistema Nacional de Recursos Hídricos (SNRH). É uma associação civil de direito privado que representa os órgãos estaduais de meio ambiente, e está presente nos 26 Estados e o Distrito Federal. Reúne 26 secretarias e 22 autarquias e fundações, que são responsáveis pela implementação da política ambiental. Entre os desafios da nova diretoria está o desenvolvimento e instituição do Regimento Interno, com revisão do regramento das próximas eleições.
Fontes: Abema, Sema RS e Sema TO
