
Ex-presidente dos EUA anunciou que receberá Zelensky em Washington; líderes europeus apoiaram esforços para encerrar conflito
Após se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, e conversar por telefone com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, Donald Trump afirmou neste sábado (16) que a saída para a guerra é um acordo de paz direto, e não apenas um cessar-fogo temporário.
Trump classificou o encontro com Putin como “ótimo” e “bem-sucedido” e destacou que também dialogou com líderes europeus e com o secretário-geral da Otan. “Todos decidiram que a melhor maneira de pôr fim à terrível guerra entre a Rússia e a Ucrânia é chegar a um acordo de paz, e não a um mero cessar-fogo, que muitas vezes não se sustenta”, disse em sua rede Truth Social.
O republicano anunciou ainda que receberá Zelensky em Washington na segunda-feira. Segundo o presidente ucraniano, o encontro servirá para discutir “todos os detalhes sobre o fim da matança e da guerra”. Será a primeira visita de Zelensky aos EUA desde fevereiro, quando havia sido repreendido por Trump em uma reunião no Salão Oval.
Apesar do gesto diplomático, Trump não revelou detalhes concretos das negociações. Ele sugeriu, no entanto, a possibilidade de uma cúpula tripartite com Putin e Zelensky, mediada por Washington. “Potencialmente, milhões de vidas serão salvas”, declarou.
O Conselho Europeu e líderes de países como França, Itália, Alemanha, Reino Unido e Polônia manifestaram apoio às iniciativas. Em comunicado conjunto, afirmaram que “saúdam os esforços do presidente Trump para interromper a matança na Ucrânia, encerrar a guerra de agressão da Rússia e alcançar uma paz justa e duradoura”.
As dificuldades, contudo, permanecem. Moscou exige que Kiev ceda os quatro oblasts parcialmente ocupados (Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson), além da Crimeia, e renuncie à adesão à Otan e ao recebimento de armas ocidentais. A Ucrânia, por sua vez, considera tais condições inaceitáveis e pede cessar-fogo imediato, com garantias de segurança futuras.
Trump tem defendido há meses a ideia de “concessões mútuas” em relação a territórios ocupados, mas a distância entre as posições de Rússia e Ucrânia segue sendo o principal obstáculo para um acordo definitivo.