
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira (5), em Osasco, que o governo espera votar a regulamentação da reforma tributária no Congresso Nacional na próxima semana. A declaração foi feita durante a inauguração das novas instalações da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios do Campus Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O ministro destacou a importância da aprovação para manter a economia brasileira no caminho certo.
“Estamos confiantes na aprovação da regulamentação da reforma tributária, que será um passo muito importante para a gente manter a economia do Brasil no trilho certo”, afirmou Padilha. Ele explicou que a votação ainda não está concluída, mas que há um relatório inicial com consensos estabelecidos entre o governo e um grupo de trabalho de sete parlamentares.
Padilha ressaltou que, apesar de a reforma não atender a todos os ideais setoriais, é crucial superar a atual confusão tributária no país. “A aprovação da emenda já foi muito importante para sinalizar que o Brasil vai ter um sistema tributário mais simples para quem quer investir, mais justo para os mais pobres e que reduz os preços impostos da cesta básica, melhorando o equilíbrio regional do país”, afirmou.
Em Diadema, durante um evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Padilha reafirmou o compromisso do governo em construir uma maioria de deputados favorável à aprovação da reforma tributária. “Vamos trabalhar na próxima semana focados em garantir a aprovação e avaliar junto com os líderes e o presidente da Câmara, Arthur Lira, o termômetro de cada um dos pontos. Um ponto não pode atrapalhar o grande avanço, que é a aprovação da regulamentação da reforma tributária na Câmara neste semestre”, disse Padilha.
Visita à Bolívia e Indiciamento de Bolsonaro
Padilha anunciou que o presidente Lula participará da cúpula do Mercosul e visitará a Bolívia para reforçar a parceria estratégica e a defesa da democracia no país vizinho. A visita ocorre em um momento em que a Bolívia enfrenta desafios à sua democracia, situação que Lula também experimentou no Brasil.
O ministro também comentou sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal no inquérito sobre as joias sauditas. “O ex-presidente tem que responder pelos crimes pelos quais está sendo indiciado”, afirmou Padilha, garantindo que o governo não interferirá no caso e que a Polícia Federal manterá sua autonomia.