Papa Francisco critica indústrias de armas e contraceptivos

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Declínio na taxa de natalidade preocupa o pontífice, que pede políticas favoráveis às famílias e confiança no futuro

 

 

 

Em uma conferência sobre a crise demográfica que afeta a Itália e toda a Europa, o papa Francisco fez críticas contundentes às indústrias de armas e contraceptivos, acusando-as de destruir ou impedir a vida. A taxa de fertilidade na Europa tem se mantido baixa, em torno de 1,5 nascimento por mulher na última década, o que está abaixo do nível necessário para manter os níveis populacionais.

A situação é particularmente grave na Itália, onde os nascimentos caíram para uma baixa recorde em 2023, marcando o 15º declínio anual consecutivo. Apesar das repetidas promessas dos governos, a tendência não foi revertida até o momento.

Durante a conferência, o papa Francisco expressou preocupação com o futuro diante desses números alarmantes. Ele destacou um fato compartilhado por um estudioso de demografia: os investimentos que geram mais receita atualmente são das fábricas de armas e contraceptivos. Para o pontífice, isso representa uma triste realidade que prejudica o desenvolvimento e a vida.

Francisco, que há muito tempo é um crítico da indústria de armas, reafirmou a posição da Igreja Católica contra o controle artificial da natalidade, enquanto apoia formas naturais de planejamento familiar. Ele enfatizou a importância de políticas que favoreçam as famílias, permitindo às mães conciliarem trabalho e cuidado dos filhos, e oferecendo aos jovens casais oportunidades de emprego estável e moradia.

Durante seu discurso, o papa também incentivou os jovens a terem fé e esperança no futuro, apesar dos desafios como guerras, pandemias e mudanças climáticas. Ele ressaltou a importância do número de nascimentos como indicador da esperança de um povo, lamentando o cenário atual de lares vazios de crianças e cheios de objetos.