Marina Silva defende fim dos combustíveis fósseis em COP28

© Valter Campanato/Agência Brasil

 

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, critica falta de ambição no rascunho divulgado e insta por linguagem mais clara sobre o fim dos combustíveis fósseis

 

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, enfatizou a necessidade de avanço na questão do fim do uso de combustíveis fósseis durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28) em Dubai. O terceiro rascunho do texto final da COP, divulgado recentemente, substituiu a previsão de “eliminação” dos combustíveis fósseis por “substituição”, gerando discordância entre os países sobre a linguagem a ser adotada no documento final.

Marina Silva, integrante da delegação brasileira em Dubai, considera o texto atual “insuficiente” em relação às ações que os países desenvolvidos e em desenvolvimento devem adotar para o fim dos combustíveis fósseis. A ministra defende uma linguagem mais clara e ambiciosa no texto, especialmente no que diz respeito a prazos e ao processo de eliminação dos combustíveis fósseis.

A reunião final da COP28 está agendada para esta terça-feira (12), e a delegação brasileira busca garantir que o texto final seja compatível com a meta de limitar o aquecimento global a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. O Brasil rejeita a outra meta proposta pelo Acordo de Paris, que menciona uma temperatura “bem abaixo dos 2ºC”.

Os gases do efeito estufa lançados na atmosfera têm contribuído para o aumento da temperatura do planeta desde a Revolução Industrial. A queima de combustíveis fósseis tem sido a principal causa desse aumento, resultando na atual crise climática, caracterizada por eventos extremos, como calor excessivo, secas prolongadas e chuvas intensas.

Em 2015, no Acordo de Paris, 195 países se comprometeram a combater o aquecimento global, buscando limitá-lo “em bem menos de 2ºC acima dos níveis pré-industriais”, com preferência por limitá-lo a 1,5ºC acima desses níveis.