Procuradoria-Geral da República renova pedido de prova em vídeo em Bolson

 

PGR pede ao Supremo Tribunal Federal que obrigue entrega de vídeo excluído, estabelecendo prazo de 48 horas com multa diária de R$ 100 mil por descumprimento

 

 

O órgão de acusação pediu que o STF conceda um prazo de 48 horas para o cumprimento, impondo multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento. A preservação e o envio do material ao STF já foram ordenadas pelo relator, ministro Alexandre de Moraes. No entanto, a PGR afirma que a ordem não foi cumprida até o momento.

O caso gira em torno de um vídeo postado por Bolsonaro em sua conta no Facebook em 10 de janeiro, dois dias após as tentativas de golpe em 8 de janeiro, em que apoiadores do ex-presidente invadiram e vandalizaram a sede dos Três Poderes. No vídeo, Bolsonaro acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal de fraude eleitoral.

O incidente levou Moraes a aceitar o pedido da PGR, incluindo Bolsonaro entre os investigados por ações antidemocráticas. A defesa do ex-presidente apresentou um laudo médico, alegando que ele estava sob efeito de morfina quando teria feito a postagem por engano.

Além de preservar a publicação, o despacho inicial de Moraes, em 13 de janeiro, determinava o fornecimento de dados sobre alcance, autoria, número de compartilhamentos e comentários da postagem. No entanto, não há sinais de que alguma dessas medidas tenha sido implementada, enfatizou a PGR. “Apesar das determinações judiciais, o Ministério Público Federal (MPF) não foi informado sobre o cumprimento das ordens judiciais. Ou seja, não há informações sobre a preservação e entrega do vídeo pela empresa Meta INC”, escreveu o subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, responsável pelas investigações de 8 de janeiro, na petição desta segunda-feira.