
Gigante da tecnologia adota IA generativa para gerar respostas na experiência de busca, marcando a transição de buscador para gerador de conteúdo
O Google anunciou nesta semana uma mudança significativa na experiência de busca, incorporando a capacidade de oferecer respostas geradas por inteligência artificial generativa. Esse movimento destaca a clara direção das grandes empresas de tecnologia, conhecidas como Big Techs, em direção a um mundo digital comandado por essas poderosas IAs.
Embora o anúncio oficial tenha sido feito na quarta-feira, alguns jornalistas tiveram acesso antecipado às informações em uma coletiva no início da semana. Especialistas afirmam que o Google está um pouco atrasado nessa corrida, mas está determinado a entrar com força nesse novo paradigma.
A novidade, denominada “Search Generative Experience” (Experiência de Busca Generativa), ou SGE, permite que os usuários integrem na caixa de perguntas o SGE, transformando o Google de um mero buscador em um gerador de conteúdos. Agora, após 26 anos desde seu lançamento, o Google busca criar uma experiência de busca mais interativa, incorporando uma abordagem de conversação, utilizando IA generativa para gerar respostas mais contextuais e assertivas.
A IA generativa organiza informações encontradas na internet em formato de texto, semelhante ao trabalho de um profissional de produção de conteúdo. Essa tecnologia, que já oferece soluções em imagens, ilustrações e animações, agora coloca o Google na vanguarda dessa revolução digital.
Outras IAs generativas, como o ChatGPT, lançado há um ano, estão moldando a produção de conteúdo online. A Microsoft, investidora da OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, incorporou essa tecnologia no Bing, rivalizando com as mudanças anunciadas pelo Google.
No entanto, o avanço da IA generativa não está isento de desafios. A transparência das fontes de informação geradas por esses sistemas é uma preocupação. Tanto o ChatGPT no Bing quanto a SGE no Google agora exibem fontes para fornecer uma camada extra de confiança aos usuários.
A próxima fronteira parece ser a geração de conteúdo em formato visual. O Google confirmou que planeja incorporar essa capacidade em breve. Enquanto alguns podem temer essa revolução tecnológica, é impossível ignorar as vastas possibilidades que ela traz. O futuro da produção de conteúdo parece destinado a ser moldado e facilitado por plataformas cada vez mais inteligentes, uma realidade que já se desenha diante de nós. A guerra das IAs está apenas começando, e estamos ansiosos pelos próximos capítulos dessa narrativa revolucionária.