Produção agrícola brasileira deve atingir 318,1 milhões de toneladas em 2023, aponta IBGE

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A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas no Brasil está estimada em 318,1 milhões de toneladas para o ano de 2023, conforme dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10). Essa previsão representa um aumento de 20,9% em comparação ao ano anterior, correspondendo a 54,9 milhões de toneladas a mais.

A estimativa de setembro é 1,5% superior, representando um acréscimo de 4,8 milhões de toneladas em relação à pesquisa realizada em agosto. Espera-se um crescimento na produção de diferentes culturas, com destaque para a soja com uma alta de 26,5%, algodão herbáceo (12,3%), sorgo (43,3%), milho (19,6%) e trigo (4,8%). A única exceção entre as principais lavouras é o arroz em casca, que deve registrar uma queda de 5,1% neste ano.

A área a ser colhida em 2023 está projetada em 77,8 milhões de hectares, indicando um aumento de 6,3% em relação a 2022, o que representa um acréscimo de 4,6 milhões de hectares. Em comparação com a estimativa de agosto, houve um aumento de 0,4%, correspondendo a 339 mil hectares.

Carlos Alfredo Guedes, pesquisador do IBGE, destaca que o aumento da produtividade é a principal variável que influencia a safra deste ano, com condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras, embora o Rio Grande do Sul tenha enfrentado desafios climáticos devido à falta de chuva.

Além dos cereais, leguminosas e oleaginosas, o IBGE também monitora outras lavouras cruciais para a economia nacional. Está previsto um aumento na produção de cana-de-açúcar (11,9%), café arábica (14,6%), mandioca (2,6%), batata-inglesa (1,4%), uva (11,8%) e tomate (1,6%) em comparação a 2022. No entanto, a produção de café canephora (-7,3%) e laranja (-7,2%) deve diminuir em 2023, enquanto a produção de banana permanece estável em relação ao ano anterior.