
Nação brasileira defenderá importância das instituições multilaterais na manutenção da paz global
No último domingo (1º), o Brasil assumiu a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) por um mês. Durante esse período, o país focará em promover a relevância das instituições bilaterais, regionais e multilaterais na prevenção, resolução e mediação de conflitos.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, liderará uma audiência sobre essa temática no dia 20 de outubro. O objetivo é incentivar o Conselho de Segurança a abordar amplamente os instrumentos disponíveis para prevenir conflitos, fortalecendo a diplomacia bilateral, regional e multilateral.
Um exemplo citado é o Tratado de Tlatelolco, assinado em 1967 pelos 33 países da América Latina e Caribe, que visava garantir a não proliferação de armas nucleares na região.
Além dessa abordagem, outros temas serão discutidos durante o mandato brasileiro, incluindo uma possível missão de apoio às forças de segurança do Haiti, a manutenção da missão de paz que supervisiona as negociações na Colômbia e questões relacionadas à guerra entre Ucrânia e Rússia.
O Brasil ocupa uma das vagas rotativas no Conselho de Segurança, composto por cinco membros permanentes e dez não permanentes. O país já esteve na presidência do órgão em julho de 2022 e tem defendido reformas que garantam uma representatividade maior no cenário global.
A agenda da presidência brasileira inclui debates abertos sobre o Oriente Médio e “Mulheres, Paz e Segurança”. Também está programado um diálogo anual entre o Conselho de Segurança da ONU e o Conselho de Paz e Segurança da União Africana, que ocorrerá na capital da Etiópia, Adis Abeba.