
Um dos maiores aventureiros da história do cinema embarca em outra jornada para descobrir tesouros perdidos e artefatos históricos. Indiana Jones veste seu icônico chapéu e empunha seu chicote uma última vez no filme “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”, uma história que serve como uma grande celebração de um dos personagens mais icônicos do cinema mundial e o quinto filme da franquia do renomado arqueólogo fictício.
O filme leva o público a uma viagem nostálgica por momentos que ficaram gravados na memória dos fãs desde o lançamento de “Os Caçadores da Arca Perdida”, em 1981. É uma viagem pela história com pitadas de saudade e nostalgia que só o retorno de uma figura como Indiana Jones pode evocar. “O formato dessa despedida é muito bonito. Fizemos um filme que nos satisfaz como conclusão para esse personagem. Trouxemos ele de volta com uma história interessante para contar”, disse Harrison Ford em entrevista coletiva internacional da qual o Correio participou.
Nesta história, o público vê um Indiana Jones mais velho, como sempre, focado em um passado que nunca pode ser recuperado. Como arqueólogo, Indy vive através dos fantasmas do passado e precisa enfrentar os que deixou para trás em suas aventuras. “Estamos entrando em uma nova fase da vida dele; ele é velho e aposentado. Acho que, pela primeira vez, o vemos em um ponto baixo da vida”, analisa Ford. “Indiana começa a viver uma vida triste porque as pessoas estão olhando para o futuro e não para o passado, o que ele sempre fez”, acrescenta Phoebe Waller-Bridge, que faz sua estreia na franquia como a personagem Helena Shaw, afilhada da protagonista. O filme é um abraço final com um velho amigo, possibilitado por uma história que adiciona a cereja no topo de uma das franquias mais populares do cinema. “Eu precisava honrar o que já existia e fazer algo que fosse novo. Tudo isso é respondido pela história”, diz James Mangold. “Ao trabalhar em franquias, não quero fazer apenas mais um capítulo da história. Quero proporcionar começo, meio e fim. Tive que encontrar motivação para esse filme”, lembra o diretor, que usou seu amor por esses personagens e pelos artistas com quem trabalhava. “Foi incrível e inspirador. Uma das coisas mais legais dessa experiência foi a companhia que eu tive”, comemora.
A Porta
O amor por Indiana Jones não só influenciou a criação deste filme, mas também uma geração de pessoas que se apaixonou pelo cinema por causa das aventuras do arqueólogo. “Cresci amando esses filmes e sendo fã dessas pessoas. O que mais gostei nessa oportunidade foi trabalhar com quem me fez apaixonar pelo cinema”, confidencia Mangold. “Conheço muitas pessoas que começaram a buscar cinema por causa de Indiana Jones. Pensar que já fui uma criança maravilhada com tudo isso nas telonas, e agora, 42 anos depois, faço parte disso, é um orgulho”, acrescenta Mads Mikkelsen, que interpreta o vilão Jürgen Voller.
No entanto, essa paixão não cativou apenas os espectadores. “Aceito graciosamente o fato de Indiana Jones ter sido tão bem recebido pelo público por tanto tempo. Esse personagem significa tanto para mim quanto para o público”, diz Harrison Ford. “Aprendi muito. Durante 40 anos, eu precisava conhecer um pouco melhor esse personagem e meu trabalho por causa dele. Foi uma bela jornada”, conclui.