Presidente afastado da Casa foi detido por suspeita de vazamento de informações sigilosas; decisão teve 42 votos favoráveis
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu, em sessão extraordinária realizada nesta segunda-feira, pela soltura do presidente afastado da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil). A decisão foi aprovada por 42 votos favoráveis, 21 contrários e duas abstenções, entre os 65 deputados presentes.
Bacellar havia sido preso preventivamente na última quarta-feira (3) durante a Operação Unha e Carne, da Polícia Federal (PF), que investiga o vazamento de informações sigilosas relacionadas à Operação Zargun — ação que levou à prisão do deputado estadual TH Joias, em setembro, acusado de intermediar a compra e venda de armas para o Comando Vermelho.
A prisão ocorreu enquanto Bacellar prestava depoimento na sede da PF no Rio de Janeiro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Segundo os investigadores, o deputado é suspeito de fornecer dados que teriam antecipado detalhes da operação contra TH Joias, comprometendo o andamento das apurações.
De acordo com a PF, o vazamento prejudicou o sigilo e a efetividade das diligências que resultariam na prisão do parlamentar acusado de ligação com a facção criminosa. Apesar das acusações, a Alerj optou pela revogação da prisão preventiva, permitindo que Bacellar responda ao processo em liberdade enquanto as investigações continuam.
