
PF apura se Carla Ariane Trindade, ex-nora de Lula, usou influência no MEC e no FNDE para favorecer empresa investigada por fraudes
A Polícia Federal investiga Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por suspeitas de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos ligados ao Ministério da Educação (MEC). Ela teria atuado para liberar verbas a uma empresa beneficiada por contratos superfaturados.
Carla foi casada por quase 20 anos com Marcos Cláudio Lula da Silva, filho da ex-primeira-dama Marisa Letícia, adotado por Lula ainda na infância. Na quarta-feira (12), a PF cumpriu mandado de busca e apreensão em seu endereço, em Campinas (SP), no âmbito da Operação Coffee Break. Foram apreendidos o passaporte, um celular e um computador da investigada.
A apuração aponta ligação de Carla com a Life Tecnologia Educacional, empresa do empresário André Mariano, que recebeu cerca de R$ 70 milhões para o fornecimento de kits e livros escolares a prefeituras paulistas. Segundo a PF, o material era superfaturado e parte dos valores desviados para empresas de fachada.
Mensagens apreendidas indicam que Carla teria influência em decisões de órgãos federais, especialmente no FNDE, vinculado ao MEC, e que viajou a Brasília a serviço de Mariano. A defesa da ex-nora informou que aguarda acesso aos autos para se manifestar. O MEC e o Palácio do Planalto não comentaram o caso.









