Rede Nacional de Cursinhos Populares beneficiará mais de 15 mil estudantes da rede pública com auxílio financeiro e preparação para o Enem e vestibulares
O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta semana a ampliação significativa da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), que agora contemplará 393 instituições até o fim de 2025, beneficiando mais de 15 mil estudantes da rede pública em todo o país. O número representa o triplo da meta inicial, que previa apoio a 130 cursinhos e 5,2 mil alunos.
Segundo o ministro, a decisão de expandir o programa ocorreu diante da alta demanda das entidades por apoio federal. “Vamos apoiar 393 cursinhos populares a partir de hoje. Serão R$ 163,2 mil para cada turma de 40 alunos. Esse é um reconhecimento à luta de mais de 20, 30 anos dos cursinhos para qualificar a nossa juventude para um futuro melhor”, afirmou Camilo Santana em nota oficial.
Criada em março de 2025, a CPOP tem como principal objetivo ampliar o acesso ao ensino superior, especialmente por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O foco do programa está em estudantes de escolas públicas, com renda familiar per capita de até um salário mínimo (R$ 1.518, em 2025), além de pessoas com deficiência, indígenas, negros e quilombolas.
De acordo com o edital do programa, são priorizados os cursinhos gratuitos e sem apoio prévio de órgãos públicos ou entidades privadas. O investimento federal previsto, que inicialmente era de R$ 74,5 milhões, também será ampliado para atender à nova demanda.
Cada cursinho contemplado receberá até R$ 163,2 mil, distribuídos da seguinte forma:
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Auxílio de R$ 200 mensais por aluno durante seis meses, beneficiando entre 20 e 40 estudantes por turma;
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Recursos para contratação de professores e coordenadores por sete meses;
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R$ 6 mil para despesas técnicas e administrativas;
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Formação de professores e gestores, além da distribuição de materiais pedagógicos gratuitos voltados à preparação para o Enem e outros vestibulares.
A iniciativa faz parte da estratégia do MEC para reduzir desigualdades educacionais e ampliar o ingresso de jovens da rede pública no ensino superior, fortalecendo os cursinhos populares, muitos dos quais atuam há décadas de forma voluntária e sem apoio financeiro.
Com a ampliação, o governo espera fortalecer a rede de cursinhos comunitários como uma ponte entre a escola pública e a universidade, promovendo inclusão social, diversidade e justiça educacional no país.
