
A cidade do Rio de Janeiro anunciou a ampliação da vacinação contra a dengue para jovens de 19 e 20 anos. A medida foi tomada devido à necessidade de aproveitar o estoque de vacinas disponíveis e visa proteger mais pessoas contra a doença, que continua a ser uma preocupação de saúde pública. Além dos jovens dessa faixa etária, crianças e adolescentes de 10 a 18 anos continuam sendo contemplados pela imunização. Aqueles que ainda não se vacinaram devem procurar os postos de saúde para garantir a proteção.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, ressaltou que essa ampliação da faixa etária é válida apenas até o dia 18 de abril. “Somente 26 mil doses estão disponibilizadas para essa aplicação. Então, as pessoas que chegarem primeiro vão conseguir tomar a vacina. Os estoques estão no final, e, por isso, a gente recomenda que as pessoas procurem as unidades o quanto antes para se vacinar”, alertou o secretário, destacando a urgência da vacinação devido à quantidade limitada de doses.
Doses disponíveis e protocolo de vacinação
O protocolo de vacinação contra a dengue, estabelecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2024, prevê que crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, que residem em áreas de risco, sejam as principais beneficiadas. O Ministério da Saúde enviou 6,5 milhões de doses aos estados e municípios em 2024, mas até agora apenas 3,3 milhões foram aplicadas. Para evitar o desperdício das doses ainda disponíveis, a pasta autorizou a ampliação da faixa etária em cidades com estoque próximo ao vencimento, como é o caso do Rio de Janeiro.
Na capital fluminense, as 240 unidades de saúde estão aplicando a vacina em esquema de duas doses, sendo a segunda administrada três meses após a primeira. A vacinação está disponível para todos os grupos prioritários, e as autoridades pedem que a população aproveite a oportunidade enquanto as doses estiverem disponíveis.
Prevenção continua sendo essencial
Além da vacinação, as autoridades de saúde enfatizam a importância das ações de prevenção contra a dengue. A principal medida é evitar o acúmulo de água em locais descobertos, como caixas d’água, calhas, bueiros e vasos de plantas. O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, utiliza esses ambientes para depositar seus ovos e se reproduzir. A colaboração da população é essencial para o controle da doença, e a conscientização sobre essas práticas de prevenção segue sendo uma prioridade das autoridades sanitárias.
Com a ampliação da vacinação e as orientações de prevenção, a cidade do Rio de Janeiro busca reduzir o impacto da dengue e proteger a saúde da população.