Xanxerê (SC) registra surto de chikungunya e contabiliza duas mortes em um mês

Foto: Divulgação/Agência Brasil
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Aumento dos casos preocupa autoridades de saúde locais, que reforçam medidas preventivas contra o mosquito transmissor

Xanxerê, cidade de aproximadamente 50 mil habitantes em Santa Catarina, registrou seu primeiro caso de chikungunya em 14 de fevereiro deste ano. Menos de um mês depois, em meio a um surto da doença, o município já contabiliza duas mortes provocadas pelo vírus, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura nesta segunda-feira (17).

De acordo com a atualização mais recente, a cidade tem 107 casos confirmados de chikungunya, todos autóctones, ou seja, contraídos dentro do próprio município. A segunda morte pela doença foi confirmada no início da semana e envolveu uma mulher de 85 anos, que estava internada na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Regional São Paulo desde o dia 9 de março. A paciente, que residia no bairro Tonial, apresentava comorbidades, o que agravou seu quadro de saúde.

A Prefeitura de Xanxerê alertou a população sobre a importância de manter os ambientes livres de água parada, medida essencial para prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da chikungunya. A utilização de repelente também foi recomendada.

Em caso de sintomas suspeitos, a orientação é procurar uma unidade de saúde ou utilizar o serviço de telemedicina disponibilizado pela Prefeitura para agilizar o diagnóstico.

Entenda a Chikungunya

A chikungunya é uma doença viral transmitida pela picada de fêmeas do mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela transmissão da dengue. Ela se caracteriza principalmente por febre e dor intensa nas articulações, podendo também apresentar sintomas como dores musculares, manchas vermelhas na pele e dores nas costas.

A doença pode evoluir em três fases: aguda, pós-aguda e crônica, com a artralgia (dor nas articulações) podendo se tornar crônica em mais de 50% dos casos. Os sintomas graves, que exigem hospitalização, podem incluir complicações neurológicas, como encefalite e síndrome de Guillain-Barré.

Embora a chikungunya tenha sido introduzida no continente americano em 2013, o Brasil tem registrado crescente dispersão do vírus, com maior incidência no Nordeste e, mais recentemente, no Sudeste. Em 2023, a doença se espalhou significativamente, aumentando os casos em várias regiões do país.

As autoridades de saúde locais seguem monitorando a situação, com a expectativa de intensificar as ações de combate ao mosquito transmissor e evitar mais perdas.