
Título criado para complementar aposentadoria cresce 150% em um ano e atrai investidores jovens
O Tesouro RendA+, título público criado em 2023 para oferecer uma renda extra na aposentadoria, completou dois anos com um recorde de investimentos. Segundo dados do Tesouro Nacional e da B3, o volume aplicado no título chegou a R$ 4 bilhões no fim de janeiro, representando um crescimento de 150% nos últimos 12 meses.
O levantamento aponta que a maior parte dos investidores do Tesouro RendA+ tem entre 25 e 44 anos, grupo que representa 61% do total de aplicadores. Desenvolvido pelo Tesouro Nacional, B3 e Secretaria de Previdência, o título permite que o investidor planeje uma data de aposentadoria e receba pagamentos mensais por 20 anos, com valores corrigidos pela inflação.
Atração de novos investidores
O aumento na adesão ao Tesouro RendA+ tem sido impulsionado por diversas ações, como o cartão-presente do Tesouro Direto, lançado em dezembro. O Gift Card B3, que permite presentear terceiros com títulos públicos, movimentou R$ 250 mil em apenas um mês.
Além disso, a Olimpíada do Tesouro Direto de Educação Financeira (Olitef), voltada para estudantes do ensino fundamental e médio, também tem contribuído para a maior popularização do investimento.
Outra novidade que pode ter incentivado mais investidores é a flexibilização do valor mínimo para aplicação. Até novembro de 2023, era necessário investir pelo menos R$ 30. Agora, é possível começar com qualquer valor, desde que corresponda a pelo menos 1% do preço de um título.
Como funciona o Tesouro RendA+
O período de acumulação do título varia de 7 a 42 anos, dependendo da data de vencimento escolhida pelo investidor. Atualmente, há oito prazos disponíveis, com vencimentos a cada cinco anos, entre 2030 e 2065.
Caso o investidor precise resgatar o título antes do vencimento, há cobrança de uma taxa de custódia escalonada:
- Até 10 anos: 0,5% ao ano sobre o valor resgatado;
- Entre 10 e 20 anos: 0,2% ao ano;
- Acima de 20 anos: 0,1% ao ano.
Além disso, se o investidor receber mais de seis salários mínimos por mês ao converter os títulos acumulados em renda, será cobrada uma taxa de 0,1% ao ano sobre o valor excedente.
Captação de recursos
Criado em 2002, o programa Tesouro Direto foi desenvolvido para democratizar o acesso a títulos públicos, permitindo que pessoas físicas invistam diretamente no governo via internet, sem necessidade de bancos ou corretoras. A venda desses títulos é uma das principais formas de captação de recursos do governo federal, ajudando a financiar compromissos e pagar dívidas.
Mais informações sobre o Tesouro RendA+ e outros investimentos podem ser encontradas no site do Tesouro Direto.