
Vice-presidente aponta fatores econômicos e medidas do governo como estratégias para aliviar a inflação dos alimentos em 2025
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (24), em São Paulo, que a safra agrícola recorde projetada para este ano e a recente queda do dólar deverão contribuir para a redução nos preços dos alimentos no Brasil.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê um crescimento de 8,2% na safra de grãos, o que, se confirmado, representará o maior volume já registrado na série histórica. Além disso, o dólar recuou, passando de R$ 6,20 no início do ano para cerca de R$ 5,88, aliviando custos de insumos dolarizados, como fertilizantes e combustíveis.
“Uma boa notícia é a safra agrícola. Com um clima favorável, a previsão é de um aumento de 8%, o que ajuda a reduzir os preços. Outro fator é a queda do dólar, que impacta positivamente no custo de insumos e equipamentos agrícolas, beneficiando os preços ao consumidor”, avaliou Alckmin.
Estoques reguladores e reforma tributária
Além da safra e do câmbio, Alckmin destacou o papel do estoque regulador da Conab, que permite armazenar parte da produção em períodos de fartura para evitar oscilações bruscas nos preços.
“O estoque regulador é fundamental para garantir estabilidade nos preços. Ele ajuda a conter grandes variações de mercado, garantindo que o consumidor não seja prejudicado. Outra boa notícia é a reforma tributária, que desonerará a cesta básica, inclusive produtos como proteína animal”, afirmou.
Discussão de estratégias
Enquanto Alckmin participava de um encontro com sindicalistas da União Geral dos Trabalhadores (UGT) em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reunia ministros em Brasília para discutir políticas voltadas à redução dos preços dos alimentos.
Durante o encontro na UGT, que debateu perspectivas econômicas e de emprego para 2025, Alckmin elogiou o foco do governo na questão alimentar: “O presidente Lula, corretamente, está preocupado em evitar grandes aumentos nos preços dos alimentos, algo essencial para o bem-estar das famílias brasileiras”.
Combinando medidas como estímulo à produção agrícola, reformas econômicas e a manutenção de estoques estratégicos, o governo busca enfrentar a alta dos alimentos e promover maior estabilidade no mercado em 2025.