Petrobras estende operação de plataforma no pré-sal até 2030

20/04/2018-P-74 no campo de Búzios no pré-sal da Bacia de Santos

 

FPSO Cidade de Angra dos Reis terá vida útil prolongada para garantir eficiência e reduzir emissões no Campo de Tupi, na Bacia de Santos

 

 

 

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (22) a extensão da vida útil da plataforma de petróleo Cidade de Angra dos Reis, a primeira de grande capacidade a operar nos campos do pré-sal da Bacia de Santos. A unidade FPSO (Floating Production Storage and Offloading) continuará em operação até 2030, graças a um aditivo contratual firmado com as empresas Tupi Pilot MV 22 B.V. e Modec Serviços de Petróleo do Brasil Ltda.

Em operação desde outubro de 2010, o FPSO tem capacidade de produzir mais de 50 mil barris de petróleo por dia e está localizado no Campo de Tupi, a cerca de 300 quilômetros da costa do Rio de Janeiro. O prolongamento do contrato permitirá adequações para aumentar a confiabilidade, eficiência e segurança da produção, além de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

“A celebração destes aditivos está aderente ao Plano de Negócios 2025-2029 e reforça o compromisso da Petrobras e de seus parceiros com a continuidade e expansão de suas operações no campo de Tupi”, declarou a estatal em nota oficial.

Papel estratégico do pré-sal

A entrada em operação do Cidade de Angra dos Reis em 2010 marcou um divisor de águas na exploração do pré-sal brasileiro, que atualmente responde por 71,5% da produção nacional de petróleo, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em 2024, o petróleo se consolidou como o principal produto de exportação do país, com destaque para a produção nas bacias de Santos e Campos, no litoral do Sudeste.

Os reservatórios do pré-sal estão localizados a profundidades de até 7 mil metros, o que equivale à altura da Cordilheira dos Andes. Apesar do desafio técnico, essa exploração tem sido fundamental para o protagonismo do Brasil no mercado global de petróleo.

Consórcio e futuro do FPSO

O consórcio que opera o Campo de Tupi é liderado pela Petrobras, com participação majoritária de 67,216%, seguida pela anglo-holandesa Shell (23,024%), pela portuguesa Petrogal (9,209%) e pela Pré-Sal Petróleo (0,551%), que representa o governo brasileiro.

A Petrobras já planeja o descomissionamento da plataforma para 2030, processo que será iniciado quando a unidade atingir o final de sua vida útil ou a produção do campo se tornar economicamente inviável.

A continuidade do FPSO Cidade de Angra dos Reis até o final da década reforça a importância estratégica do pré-sal para o desenvolvimento econômico e energético do Brasil, ao mesmo tempo em que atende a compromissos ambientais e de inovação tecnológica.