Alexandre de Moraes autoriza exame cardíaco de Chiquinho Brazão fora da prisão

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante cerimônia de posse do diretor-geral da PF, na sede da corporação, em Brasília.

 

Deputado acusado de envolvimento na morte de Marielle Franco poderá realizar o procedimento sob escolta da Polícia Federal

 

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (2) que o deputado federal Chiquinho Brazão, do Rio de Janeiro, deixe a prisão temporariamente para realizar um exame cardíaco em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Brazão, que está detido na Penitenciária Estadual da cidade, é acusado de ser um dos mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Segundo a decisão, o cardiologista que realizará o exame deverá ser indicado pela defesa do deputado. Além disso, a defesa precisa informar com cinco dias de antecedência a data, hora e local do procedimento para que a escolta, a ser feita pela Polícia Federal, seja organizada.

Em dezembro, os advogados de Chiquinho Brazão pediram a conversão da prisão em regime domiciliar, mas o pedido foi negado pela Procuradoria-Geral da República.

Chiquinho Brazão e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, são réus em uma ação penal que tramita no STF em razão do foro privilegiado do deputado. Ambos são apontados como mandantes do crime que vitimou Marielle e Anderson em 2018.

Enquanto isso, na Câmara dos Deputados, um processo que solicita a cassação do mandato de Chiquinho Brazão já recebeu parecer favorável do Conselho de Ética e aguarda votação no plenário.

Os executores dos assassinatos, os ex-sargentos da Polícia Militar Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, já foram julgados e condenados. O caso segue como um marco na luta por justiça e transparência em crimes contra representantes eleitos.