Eventos no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Natal destacam o samba como patrimônio cultural e instrumento de transformação social
Nesta segunda-feira (2), o Brasil comemora o Dia Nacional do Samba com uma extensa programação de eventos em diferentes estados. No Rio de Janeiro, considerado o berço do samba, as celebrações começaram no final de semana, com os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial. Hoje, os festejos continuam em diversos bairros da cidade.
Em Oswaldo Cruz, na zona norte, acontece o lançamento do Caminho do Samba, uma rota turística que busca promover o gênero musical como patrimônio cultural e atrair turistas estrangeiros. A iniciativa inclui atrações como a Feijoada da Tia Surica e a inauguração do mural Negro Muro, em homenagem ao sambista Paulo da Portela, fundador da histórica Portela.
Outros pontos da cidade, como Vila Isabel e Andaraí, recebem rodas de samba para celebrar a data e destacar questões sociais. Na Praça Barão de Drummond, em Vila Isabel, sambistas pedem paz em meio à violência que afeta a região. “O samba é nosso agente transformador social, renascendo das cinzas e trazendo alegria às nossas calçadas musicais”, declarou o compositor Raoni Ventapane.
Celebrações pelo País
As comemorações se espalham por outras cidades. Em São Paulo, o Pagode do João reúne o cantor João Martins e convidados no Galpão Zona Norte. Em Brasília, a Rodoviária do Samba homenageia Marcelo Sena, sambista que representou o ritmo do Distrito Federal em estados como Rio de Janeiro e São Paulo.
Já em Natal, a 16ª edição do Dia do Samba ocorre na Rotatória da Vila Rocas, com apresentações de Debinha Ramos e a roda de samba Segunda de Vagabundo. O evento promete ser uma “celebração vibrante da cultura brasileira”, segundo a prefeitura local.
Samba como Patrimônio Cultural
Reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial da cultura brasileira desde 2007, o samba segue sendo uma das expressões artísticas mais representativas do Brasil. Em cada canto do país, o ritmo não apenas embala celebrações, mas também atua como um instrumento de transformação social, fortalecendo a identidade cultural e promovendo a união.
