Lideranças destacam potencial das cidades para impulsionar crescimento verde e promover transição sustentável
Cerca de 60 prefeitos e representantes de organizações como o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia (GCoM) e a rede C40 Cities pediram investimentos públicos anuais de US$ 800 bilhões até 2030 para ações climáticas urbanas. O apelo foi feito neste sábado (16), durante o Urban20 (U20) Summit, o fórum urbano do G20.
Segundo as entidades, os recursos são essenciais para implementar projetos que tornem as cidades mais saudáveis, sustentáveis e resilientes às mudanças climáticas. O pedido ocorre em um momento de intensas discussões globais sobre financiamento climático no G20 e na COP29, abordando adaptação, mitigação e compensação por perdas e danos.
Cidades como motores do crescimento verde
Os líderes defenderam que o financiamento em soluções urbanas, como transporte de baixa emissão, energia limpa e infraestrutura resistente ao clima, não só reduzirá emissões, mas também gerará milhões de empregos e impulsionará a economia.
Projeções indicam que cidades sustentáveis poderiam liberar US$ 23,9 trilhões em retornos econômicos até 2050, transformando setores como habitação, energia e transporte, além de estimular inovação e desenvolvimento econômico.
“Financiar soluções climáticas urbanas é essencial para impulsionar o crescimento inclusivo, melhorar a saúde pública e garantir qualidade de vida nas cidades”, afirmaram as organizações. O apoio a comunidades vulneráveis, destacaram, é prioritário para uma transição climática justa.
Parcerias para um futuro sustentável
Gregor Robertson, embaixador global do GCoM, destacou que planos climáticos urbanos podem quase dobrar as ambições climáticas dos países se integrados às estratégias nacionais.
“Com US$ 800 bilhões anuais em fundos públicos, será possível desbloquear investimentos privados, criar empregos e reduzir tragédias climáticas nas cidades. Esse compromisso financeiro é essencial para fortalecer parcerias público-privadas e construir cidades sustentáveis que protejam as populações mais vulneráveis,” afirmou Robertson.
O chamado reforça a importância de colocar as cidades no centro das estratégias climáticas globais, garantindo que ações locais sejam catalisadoras de mudanças positivas em escala global.