Presidente brasileiro espera consolidar participação da sociedade civil no G20, com apoio de outros países membros
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, neste sábado (16), no Rio de Janeiro, a importância de tornar o G20 Social uma prática permanente nas reuniões anuais do bloco. Em encontro com o secretário-geral da ONU, António Guterres, Lula reforçou a necessidade de ouvir as demandas de movimentos sociais e organizações da sociedade civil.
“Pela primeira vez, a gente faz o G20 Social. Espero que se transforme em uma cultura do G20”, afirmou o presidente em vídeo divulgado nas redes sociais. Lula também revelou que convidou o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, para participar do encerramento do evento, a fim de motivá-lo a replicar a iniciativa na cúpula de 2025, que será realizada em solo sul-africano.
Discussões e avanços
O G20 Social foi criado com o objetivo de ampliar a participação da sociedade civil organizada nas discussões do bloco, composto pelas maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. A África do Sul, próxima anfitriã do G20, já confirmou que manterá o formato em 2025.
Neste sábado, os representantes do G20 Social aprovaram o documento final da edição de 2024, que será entregue aos presidentes do Brasil e da África do Sul. A declaração sintetiza as prioridades levantadas pela sociedade civil, especialmente relacionadas a temas como justiça social, equidade e sustentabilidade.
Cooperação com a ONU
Em nota oficial, a Presidência da República informou que Lula e António Guterres discutiram, além do G20 Social, o andamento das negociações climáticas e ambientais em curso na COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, em paralelo à cúpula do G20.
Ao enfatizar a importância do diálogo com a sociedade civil, Lula reforçou a relevância de fortalecer o compromisso global com temas como mudança climática, combate às desigualdades e desenvolvimento sustentável. “Nós vamos convencer outros presidentes que vão presidir o G20 a adotarem como prática fazer o G20 Social”, concluiu o presidente.
