Brasil inaugura pavilhão na COP29

© Cadu Gomes/VPR

 

Espaço brasileiro em Baku promove diálogo e mostra iniciativas para a transformação ecológica com foco em sustentabilidade e redução de emissões

 

 

 

Nesta terça-feira (12), o Brasil inaugurou um pavilhão de participação social na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, Azerbaijão. O espaço, chamado “Caminhos para a Transformação Ecológica,” servirá como ponto de encontro e exposição das ações brasileiras para enfrentar as mudanças climáticas.

Em meio à plateia lotada e acompanhado pela delegação brasileira, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a relevância do Brasil nos debates e negociações climáticas globais. “Nós temos a maior floresta tropical do mundo, temos a energia elétrica mais limpa – 85% é de fontes hidráulica, solar e biomassa – e um dos biodieseis mais sustentáveis, que agora tem sua mistura elevada para 15%,” afirmou. Ele também mencionou a nova regulamentação do mercado de carbono no Congresso Nacional e o compromisso de zerar o desmatamento.

A meta brasileira é ousada: reduzir as emissões de 2,2 bilhões para 850 milhões de toneladas de CO₂ até 2035, compromisso que será formalizado na conferência. “Essa é uma jornada para garantir prosperidade com sustentabilidade, protegendo nossa biodiversidade e os povos indígenas,” disse Alckmin.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou que a COP29, apelidada de “COP do financiamento,” deve avançar em mecanismos que permitam a execução de ações climáticas. Segundo ela, o financiamento climático será essencial para que as metas de adaptação e mitigação se tornem realidade. “Sem esses recursos, os compromissos assumidos serão apenas promessas”, reforçou Marina.

Para a ministra, o encontro em Baku pavimenta o caminho para a COP30 no Brasil, que ela espera ser a “COP da implementação.” Marina também reforçou o papel do Brasil em liderar o fim dos combustíveis fósseis e do desmatamento, e a necessidade de que a transição ecológica seja inclusiva. “Que possamos construir um futuro sustentável onde ninguém fique para trás,” concluiu.