OMS reavalia emergência global da mpox e monitora nova variante

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Após identificar aumento de casos e variante circulando fora da África, Organização Mundial da Saúde volta a discutir risco de disseminação global

 

 

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou seu comitê de emergência para uma reunião no próximo dia 22 de novembro, com o objetivo de reavaliar o cenário global da mpox, doença viral que já soma 109.699 casos e 236 mortes confirmadas desde o início de 2022, segundo dados da entidade. Em agosto, a OMS já havia classificado a doença como uma emergência de saúde pública de importância internacional, o mais alto nível de alerta.

O continente africano concentra a maior parte das infecções, com 11.148 casos confirmados e 46.794 casos suspeitos até 3 de novembro deste ano. A República Democrática do Congo lidera o ranking com 8.662 casos confirmados, 39.501 suspeitos e 43 mortes. Outros países africanos, como Burundi e Uganda, também registram números significativos.

Além da persistente prevalência na África, a OMS identificou uma nova variante, a 1b, com casos confirmados em três novos países: Reino Unido, Zâmbia e Zimbábue. No Reino Unido, a transmissão local foi detectada pela primeira vez fora do continente africano, com três pessoas infectadas após contato com um viajante.

Uma emergência que preocupa

A reavaliação da mpox como emergência global deve-se ao risco de disseminação internacional e à possibilidade de uma nova pandemia. Em coletiva realizada em agosto, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou que a República Democrática do Congo reporta surtos de mpox há mais de uma década, e os casos têm aumentado anualmente.

Sobre a mpox

A mpox é uma doença viral zoonótica, transmitida por contato com animais silvestres infectados, pessoas contaminadas ou materiais com o vírus. Os sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. As lesões podem variar em quantidade e localização, com maior concentração no rosto, palmas das mãos e solas dos pés.

A gravidade do quadro e a recente identificação de uma nova variante em locais fora da África tornam a próxima reunião da OMS crucial para avaliar o curso da resposta global e as possíveis medidas para conter a disseminação do vírus.