Morte durante ressonância magnética levanta questões sobre segurança do exame

Foto de National Cancer Institute na Unsplash

 

Empresário morre em clínica de Santos; especialistas discutem riscos e contraindicações da ressonância

 

 

A morte do empresário Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, durante um exame de ressonância magnética em Santos, litoral de São Paulo, na última terça-feira (22), trouxe atenção para os cuidados e possíveis riscos desse procedimento. Embora considerado seguro, o exame, segundo o clínico geral Marcelo Bechara, exige atenção para evitar complicações. “A ressonância magnética é um exame extremamente seguro, mas há riscos, principalmente com dispositivos metálicos, como marca-passo e implantes cocleares, que podem interferir com o campo magnético”, explica o médico. O especialista Douglas Racy acrescenta que clipes de aneurisma, dependendo da marca, podem ser incompatíveis com o exame.

Para alguns pacientes, a ressonância pode representar um desconforto adicional. Pessoas com claustrofobia, por exemplo, frequentemente sentem ansiedade durante o exame em ambientes fechados. A aplicação de contraste também pode causar reações alérgicas, embora essas ocorrências sejam raras. Bechara lembra que o uso de sedação inadequada ou em doses incorretas também pode aumentar o risco.

Contraindicações e efeitos colaterais

Entre as contraindicações da ressonância magnética, especialistas apontam:

  • Insuficiência renal, que impede o uso de contraste;
  • Alergia ao gadolínio, substância usada no contraste;
  • Dispositivos eletrônicos e implantes metálicos incompatíveis;
  • Gravidez no primeiro trimestre;
  • Claustrofobia severa sem sedação.

Os principais efeitos colaterais incluem desconforto, ansiedade extrema e reações alérgicas leves. Em casos de insuficiência renal, pode haver risco de fibrose sistêmica.

A investigação da morte do empresário deve aprofundar a análise sobre as condições e procedimentos adotados durante o exame.