Casos de Covid-19 e SRAG diminuem na maioria do país

© Robson Valverde / SES-SC

 

A pandemia de covid-19 apresenta sinais de recuo no Brasil, segundo o boletim Infogripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (17). O levantamento, referente à semana de 6 a 12 de outubro, revela uma queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ligados ao coronavírus, com destaque para a diminuição na Região Centro-Sul do país.

A análise se baseia nos dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sive-Gripe). O relatório aponta que tanto no curto prazo (últimas três semanas) quanto no longo prazo (seis semanas), há uma tendência de redução dos casos de SRAG. Essa queda é atribuída à diminuição de infecções por covid-19 e rinovírus, o vírus mais associado aos resfriados comuns.

Crianças e idosos ainda exigem atenção

Apesar da melhora geral, o boletim destaca que os casos graves de covid-19 continuam impactando especialmente dois grupos: crianças pequenas e idosos. Já a mortalidade tem se concentrado entre idosos com 65 anos ou mais, indicando a necessidade de manter a vigilância para essas faixas etárias.

Situação por estado

Entre os estados, apenas Mato Grosso e Pernambuco indicam crescimento de casos de SRAG. Em Pernambuco, além do aumento dos casos graves de covid-19 entre adultos e idosos, há registro de ocorrências associadas ao rinovírus em crianças e adolescentes de 5 a 14 anos.

Prevalência dos vírus respiratórios

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a proporção dos casos positivos de SRAG foi distribuída entre diversos vírus:

  • Influenza A: 14%
  • Influenza B: 8,3%
  • Vírus Sincicial Respiratório (VSR): 5,3%
  • Rinovírus: 32,1%
  • SARS-CoV-2 (covid-19): 26,7%

Desde o início do ano, 144.365 casos de SRAG foram notificados, dos quais 47,5% tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 41,7% testaram negativo, e 5,5% ainda aguardam resultado. Entre os casos positivos, a prevalência ficou assim:

  • Influenza A: 17,9%
  • Influenza B: 1,2%
  • VSR: 37,5%
  • Rinovírus: 25,1%
  • SARS-CoV-2 (covid-19): 18,9%

Óbitos e prevalência entre casos fatais

Até o momento, o país registrou 8.817 óbitos por SRAG em 2024. Entre os casos com diagnóstico confirmado para algum vírus respiratório, a covid-19 foi a mais letal, respondendo por 52% das mortes. Os demais óbitos foram distribuídos da seguinte forma:

  • Influenza A: 28,7%
  • Influenza B: 13%
  • VSR: 9%
  • Rinovírus: 8,5%