Como diferenciar sintomas de febre oropouche de outras doenças

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Mais de 7,6 mil casos foram confirmados em 2024, um aumento significativo em relação ao ano anterior

 

 

 

O Brasil enfrenta um surto alarmante de febre oropouche, com mais de 7,6 mil casos confirmados até o momento em 2024. Esse número é nove vezes superior ao registrado em 2023, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O estado do Amazonas lidera em número de casos, com 3.228 confirmações, seguido por Rondônia (1.710) e Bahia (844). O aumento significativo de casos em Santa Catarina, com 169 exames suspeitos, mostra que a doença está se espalhando para além das zonas tropicais, incluindo a região amazônica.

Sintomas e Diagnóstico

A febre oropouche, transmitida principalmente pela picada do mosquito maruim, causa sintomas semelhantes a outras arboviroses, como febre alta, dor de cabeça intensa e dores musculares. No entanto, algumas características ajudam a diferenciá-la, como a persistência da dor de cabeça na nuca e a possibilidade de recidiva dos sintomas após duas a três semanas. Crianças e grávidas exigem atenção especial, sendo que, em gestantes, há preocupação com a transmissão vertical do vírus para o feto.

Riscos e Prevenção

Apesar de ser historicamente uma doença autolimitada, a febre oropouche tem mostrado sinais de gravidade crescente, com casos de encefalite e suspeitas de relação com anomalias congênitas, como a microcefalia. Não há tratamento específico ou vacina disponível, tornando essencial a prevenção através do uso de repelentes, roupas protetoras e eliminação de focos de mosquito.

O Ministério da Saúde recomenda que pessoas com sintomas suspeitos busquem atendimento médico imediato e informem sobre qualquer exposição potencial ao vírus.