Queda brusca nas temperaturas afetará regiões do Sul, Sudeste e Centro-Oeste; São Paulo abre abrigo para moradores de rua e prepara testes de sistema de alerta em áreas de risco
A partir da noite desta quinta-feira (8), uma massa de ar frio causará uma queda abrupta nas temperaturas em uma faixa que se estende do Acre até o litoral do Sul e Sudeste do Brasil. A Defesa Civil de São Paulo emitiu um alerta para os riscos de hipotermia, especialmente entre pessoas em situação de rua, crianças e idosos. A baixa umidade do ar intensificará a propagação de doenças respiratórias como gripe, resfriado, pneumonia e meningite. Entre as medidas preventivas, o órgão recomenda manter-se agasalhado, evitar locais fechados e com grande circulação de pessoas, além de higienizar as mãos com frequência.
Para proteger a população em situação de rua, a cidade de São Paulo reabrirá o abrigo solidário na estação de metrô Pedro II, no Brás, com capacidade para acolher até 100 pessoas, incluindo seus animais de estimação. O abrigo funcionará até o dia 13 de agosto. Na Região Metropolitana de São Paulo, as temperaturas poderão atingir mínimas de até 6°C na madrugada.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) explica que a onda de frio é causada por uma massa de ar frio que começou a atuar na quarta-feira (7), atingindo inicialmente os estados da Região Sul e avançando para outras regiões ao longo da semana. O frio extremo deverá continuar no Sul até pelo menos a quarta-feira (14), com previsão de geadas intensas, especialmente na terça-feira (13).
Além das baixas temperaturas, ventos fortes de até 60 km/h são esperados em parte do litoral, com avisos de ressaca e ventos fortes desde Rio Grande (RS) até o litoral do Pará, segundo a Marinha.
No sábado, as Defesas Civis de São Paulo e Paraná realizarão testes do sistema Defesa Civil Alerta, que usará a tecnologia Cellbroadcast para enviar alertas em áreas de risco. O teste ocorrerá em 11 cidades piloto, incluindo São Sebastião (SP), local afetado por enchentes durante o carnaval de 2023. Após 30 dias de testes, a ferramenta deverá ser expandida para outras áreas mapeadas como de risco em todo o país.