Pesquisa fará diagnóstico da qualidade dos cafés produzidos no Distrito Federal

Foto de Nathan Dumlao na Unsplash

 

A ideia é identificar características dos produtos locais que possam resultar em uma Indicação Geográfica; produtores têm até o dia 15 de agosto para participar

 

 

Produtores de café do Distrito Federal estão sendo mobilizados para participar de uma pesquisa coordenada pela Universidade de Brasília (UnB), com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) e financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), para um diagnóstico da qualidade dos cafés produzidos na capital do país.

Pesquisa coordenada pela UnB em parceria com a Emater vai mapear as características do café produzido no DF para estudar a possibilidade de registro de Indicação Geográfica | Foto: Divulgação/ Emater-DF

O objetivo é analisar as características químicas e sensoriais dos cafés para avaliar a possibilidade de registro de Indicação Geográfica (IG) dos grãos produzidos no DF. A IG é conferida a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de distingui-los em relação aos seus similares disponíveis no mercado. São produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais, como solo, vegetação e clima, e de características da produção.

A pesquisa conta com formulário que deve ser preenchido até o dia 15 de agosto pelos produtores de café. A partir das respostas, alguns produtores serão selecionados e amostras das safras 2024 e 2025 serão coletadas por técnicos da Emater, que também farão a avaliação de algumas características da produção e coleta de amostras de solo.

As amostras serão analisadas pela UnB, pela Embrapa Cerrados e pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), por meio de análises químicas e sensoriais que vão possibilitar a caracterização do terroir dos cafés do DF. O terroir é o local específico onde os grãos foram plantados, cultivados, colhidos e processados, interferindo no desenvolvimento do café. Assim, terroir é tudo o que está em torno do café e o afeta de uma maneira única, que não se encontraria em outra região ou propriedade.

Outro ponto a ser analisado é o banco de dados de clima a partir da geolocalização de cada produtor, por meio do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As informações vão avaliar como são as variações climáticas no DF e como interferem no cultivo do café.

A partir de todas essas informações, caso os cafés do DF tenham características únicas, será possível fazer o registro de Indicação Geográfica, o que agrega valor aos grãos produzidos e maior renda aos produtores.

Para participar da pesquisa, os produtores de café devem procurar o escritório da Emater mais próximo da sua propriedade. Dúvidas em relação à pesquisa e ao projeto podem ser sanadas com Lívia de Lacerda de Oliveira, na Universidade de Brasília, pelo telefone (61) 99267-4818.

*Com informações da Emater