Grupo de trabalho vai debater greve nas universidades

 

Criação de grupo de trabalho para debater greve nas universidades

 

Por Carlos Arouck

O deputado federal Nikolas Ferreira protocolou, nesta segunda-feira, 4 de junho de 2024, um requerimento para a criação de um Grupo de Trabalho (GT) na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. O intuito é debater a greve que afeta universidades e Institutos Federais (IFs) em várias regiões do país. A paralisação já dura quase 60 dias e envolve mais de 100 instituições, impactando aproximadamente 400 campi e milhares de estudantes.

 

A greve, que se estende por quase dois meses, representa um dos maiores movimentos de paralisação no setor educacional nos últimos anos. O deputado Nikolas Ferreira destacou a necessidade urgente de uma atuação mais enérgica e articulada do Parlamento, especialmente da Comissão de Educação, para mediar as negociações entre o Governo Federal e os profissionais de educação.

 

Em seu discurso, o deputado Nikolas criticou a falta de diálogo do Governo Lula com os profissionais da educação e os alunos, além do Congresso Nacional. “A ausência de um canal de comunicação eficaz entre o governo e os envolvidos tem perpetuado a crise”, afirmou o deputado. Ele ressaltou que é imprescindível a atuação do Parlamento, em especial da Comissão de Educação, para que as demandas dos grevistas sejam ouvidas e atendidas.

 

O cenário atual da greve é crítico. Desde o início da paralisação, docentes e servidores técnico-administrativos reivindicam melhores condições de trabalho, reajuste salarial e investimentos nas instituições federais. A falta de avanços nas negociações levou ao prolongamento do movimento, afetando diretamente milhares de estudantes que enfrentam a interrupção de suas atividades acadêmicas.

 

Os grevistas alegam que as políticas de austeridade do governo têm impactado severamente o setor educacional. Cortes orçamentários e atrasos nos repasses de verbas são apontados como os principais fatores que levaram à eclosão da greve. Além disso, há queixas sobre a precarização das condições de trabalho e a falta de investimentos em infraestrutura.

Além do impacto direto na educação, a greve tem ocasionado transtornos econômicos em diversas regiões, especialmente aquelas cujas economias locais são fortemente dependentes das atividades universitárias e dos institutos federais.