Ministério da Saúde detalha reestruturação da estratégia de saúde da família

© Rovena Rosa/Agência Brasil

 

Novo modelo prioriza visitas domiciliares e propõe nova forma de financiamento

 

 

O Ministério da Saúde anunciou detalhes sobre a reestruturação da Estratégia de Saúde da Família, destacando mudanças significativas para aprimorar o atendimento à população.

A proposta inclui a implementação de uma ferramenta de avaliação do atendimento em interface com o SUS Digital, além de um modelo que prioriza o retorno das visitas domiciliares por profissionais de saúde. Essa abordagem visa fortalecer o vínculo e o acompanhamento territorial, elementos essenciais para o sucesso da Estratégia Saúde da Família.

O novo formato de atendimento busca retomar a prática de visitas onde os profissionais verificam o estado de saúde dos moradores, incluindo a conferência do cartão de vacinação, o acompanhamento de pacientes com condições crônicas como hipertensão, e a orientação sobre retirada de medicamentos na farmácia local ou no Farmácia Popular.

Uma das principais mudanças é a introdução de um novo modelo de financiamento, substituindo o antigo método baseado no número de pessoas cadastradas na atenção primária. Agora, as equipes de saúde da família poderão receber entre R$ 24 mil e R$ 30 mil em 2024 e até R$ 34 mil em 2025, com base no número de pessoas atendidas por equipe, limitado a até 3 mil indivíduos.

Essa reestruturação visa reduzir a sobrecarga de trabalho das equipes, melhorando a proporção entre profissionais contratados e pessoas atendidas. A meta do ministério é implementar 2.360 equipes de saúde da família, 3.030 equipes de saúde bucal e mil multiprofissionais por ano até 2026, visando alcançar uma cobertura de 80% via Sistema Único de Saúde (SUS) nesse período.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou que essa reconstrução busca ampliar a qualidade do atendimento, diminuir os vazios assistenciais e garantir uma resolução mais eficiente dos problemas de saúde da população.