Impacto da sonda DART remodelou asteroide Dimorphos, revela estudo

Divulgação: redes sociais/ Twitter

 

Pesquisa indica que colisão provocou deformação global na rocha espacial

 

 

Uma nova pesquisa revelou que o impacto da sonda Double Asteroid Redirection Test (DART) da Nasa com o asteroide Dimorphos em setembro de 2022 pode ter causado uma “deformação global” na rocha espacial. O estudo, publicado na revista Nature Astronomy, fornece insights importantes sobre os efeitos do impacto e o futuro das tecnologias de desvio de asteroides.

O objetivo da missão DART era testar a tecnologia de desvio de asteroides em escala real, visando compreender se um impacto cinético poderia alterar o movimento de um objeto celeste no espaço. Dimorphos, um asteroide satélite que orbita Didymos, serviu como alvo perfeito para esse teste devido ao seu tamanho comparável aos asteroides que representam uma ameaça potencial para a Terra.

Desde o impacto, os astrônomos têm utilizado dados de telescópios terrestres para monitorar as mudanças orbitais de Dimorphos, mas entender a composição e a reação do asteroide ao impacto é crucial para desenvolver estratégias eficazes de defesa planetária.

O estudo, conduzido por pesquisadores da University College London (UCL), revela que o impacto da DART remodelou todo o asteroide, ao invés de formar uma cratera simples. Modelagens computacionais sugerem que Dimorphos é uma pilha de detritos mantida unida pela gravidade fraca, e o impacto expandiu significativamente uma pluma de detritos no espaço.

As descobertas têm implicações importantes para futuras missões espaciais, como a Hera da Agência Espacial Europeia, que estudará as consequências do impacto da DART. A missão Hera lançará uma espaçonave em 2026 para observar de perto Dimorphos e determinar como o asteroide foi transformado pelo impacto, fornecendo valiosas informações sobre a eficácia das técnicas de desvio de asteroides.

“O que descobrirá Hera será um corpo muito diferente”, destaca a Dra. Sabina Raducan, pesquisadora pós-doutoral da UCL. A pesquisa também contou com a colaboração de renomados cientistas, incluindo Sir Brian May, guitarrista do Queen e astrofísico.

Esses avanços científicos são fundamentais para fortalecer a capacidade da humanidade de proteger nosso planeta contra potenciais impactos de asteroides, destacando a importância contínua da exploração espacial e da pesquisa científica para garantir a segurança e a preservação da vida na Terra.