Relatório do Senado aponta desigualdades no acesso ao saneamento básico no Brasil

© Carolina Gonçalves/Agência Brasil

 

Um relatório da Comissão de Meio Ambiente do Senado revelou as persistentes desigualdades regionais no acesso ao saneamento básico no Brasil, com poucos avanços em direção à cobertura total da população.

De acordo com o levantamento, pouco mais da metade do país possui cobertura de esgoto e resíduos sólidos. Além disso, mais de 1,5 mil lixões a céu aberto ainda são encontrados no país, e mais de 4 milhões de pessoas não têm acesso a banheiros.

O documento sugere medidas como a ampliação de investimentos e apoio da União a estados e municípios para alcançar as metas de universalização do saneamento básico.

Quanto ao abastecimento de água, o relatório indica que mais de 84% da população é atendida, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, que registram índices iguais ou acima de 90%. Por outro lado, o esgotamento sanitário apresenta desigualdades mais significativas, com uma média nacional de pouco mais de 50% de atendimento.

O senador Confúcio Moura (MDB-RO), autor do relatório, estima que serão necessários investimentos da ordem de R$ 890 bilhões para alcançar a universalização dos serviços de saneamento. Ele ressalta que o setor tem um potencial significativo de impacto positivo no PIB e na arrecadação, o que justifica o investimento necessário para sua melhoria.