
Nesta quarta-feira (21), o Brasil deu um passo significativo no combate à fome e à pobreza ao sediar a primeira reunião técnica virtual da Força-Tarefa do G20 para o estabelecimento de uma aliança global contra esses flagelos. A iniciativa, proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a presidência rotativa do Brasil no G20, visa mobilizar esforços internacionais para enfrentar esses desafios urgentes.
Durante o encontro online, que discutiu os termos de adesão dos países interessados na aliança global, o Brasil propôs o financiamento conjunto de ações contra a fome e a pobreza, envolvendo países do G20 e grandes empresários. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou a importância do G20 como parceiro de destaque nesse esforço conjunto.
A meta da Aliança é mobilizar recursos financeiros e conhecimento para implementar e ampliar ações, políticas e programas em nível nacional, visando alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU. Estudos indicam a necessidade de investimentos de aproximadamente US$ 78 bilhões por ano para reduzir a pobreza e a fome global até 2030.
A pactuação global para segurança alimentar baseia-se em focar nos mais pobres e vulneráveis e implementar políticas nacionais consistentes. O Brasil, além de contribuir com recursos financeiros, oferecerá apoio técnico, incluindo transferência de conhecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O ministro ressaltou a importância dos programas sociais do governo brasileiro, como o Bolsa Família, no combate à fome e à pobreza. Após um período de progresso, a fome voltou ao Brasil em 2017, destacando a urgência de reativar esses programas e recuperar o país do Mapa da Fome.
O mundo enfrenta múltiplas crises que contribuem para o aumento da fome e da pobreza, incluindo a pandemia de covid-19, as mudanças climáticas e a crise econômica global. A reunião do G20 busca soluções e evidencia os desafios para enfrentar esses problemas, promovendo a produção sustentável de alimentos, a proteção social e a colaboração internacional eficaz.