Ministra da Saúde aponta vacina da dengue como esperança, mas não solução imediata

Brasília, 03/07/2023 A ministra da Saúde, Nísia Trindade, acompanhada do secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, do presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto e da diretora do Departamento de Saúde Mental, Sônia Barros, durante coletiva sobre ações para a expansão da assistência à saúde mental no SUS. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

 

Nísia Trindade destaca importância da imunização, mas ressalta limitações de quantidade

 

 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta quarta-feira (31), em Brasília, que a vacina contra a dengue representa uma luz de esperança diante do atual cenário de explosão de casos da doença no país. No entanto, ela ressaltou que, devido à quantidade limitada do imunizante disponibilizado pelo laboratório fabricante, não pode ser considerada como a solução imediata para a situação epidemiológica atual.

Trindade enfatizou que embora a vacinação seja um avanço significativo no combate à dengue, o quantitativo disponível atualmente não é suficiente para abranger toda a população afetada. Com apenas cerca de seis milhões de doses disponíveis, capazes de imunizar três milhões de pessoas (considerando o esquema vacinal completo de duas doses), a ministra alertou que a vacinação não pode ser vista como a resposta definitiva para o momento presente.

“A vacina é nosso instrumento de esperança em relação a um problema de saúde pública que tem quase 40 anos. Finalmente, temos vacina. Temos que celebrar. Mas, a vacina, no quantitativo que o laboratório tem hoje para nos entregar e sendo uma vacina de duas doses, numa situação como a que vivemos hoje, não pode ser apontada como solução”, destacou a ministra.

Para lidar com a crise atual, Trindade enfatizou a importância do controle dos focos de dengue e do cuidado com os indivíduos que adoecem pela doença. Ela reiterou que a vacinação seguirá critérios de prioridade previamente estabelecidos em colaboração com estados e municípios, dando ênfase à população mais vulnerável. No entanto, a ausência de uma vacina autorizada para faixas etárias específicas, como os idosos, reforça a ideia de que a vacina é um instrumento, mas não o único, nem o de maior impacto no momento.

“A vacina é um instrumento. Não é o único e não é o de maior impacto neste momento”, concluiu a ministra, reiterando a necessidade de abordagens múltiplas para enfrentar a crise atual da dengue no país.