
Após seis meses de alta, índice que reajusta aluguéis apresenta recuo, conforme dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas
Nesta terça-feira (30), a Fundação Getulio Vargas divulgou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado como referência para o reajuste de contratos de aluguel, registrou uma desaceleração em janeiro, fechando o mês com uma variação de apenas 0,07%. Este índice marca uma inflexão após seis meses de consecutivas altas, que culminaram em uma inflação do aluguel de 0,74% no último mês de 2023.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IGP-M apresenta uma deflação de 3,32%, o que significa uma inflação negativa. Essa taxa representa uma mudança em relação ao índice de -3,18% registrado no mesmo período anterior.
O IGP-M é composto por três classes de preços: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que avalia a variação dos custos no atacado; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que reflete a cesta de consumo das famílias; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
No segmento do atacado, o IPA apresentou uma queda de 0,09% em janeiro, contribuindo para a desaceleração do IGP-M. Itens como matérias-primas brutas, como soja em grão, minério de ferro e milho em grão, registraram redução em suas taxas de variação.
Por outro lado, o IPC registrou uma variação de 0,59%, impulsionado principalmente pelo grupo alimentação, que apresentou uma taxa de variação de 1,62%. Este aumento nos preços dos alimentos in natura foi atribuído a problemas de oferta típicos da estação. Já o INCC manteve-se estável, com uma variação de 0,23%.
O IGP-M é amplamente utilizado como indicador para reajustes anuais de contratos de aluguel, sendo também empregado como indexador em contratos de empresas de serviços, como energia elétrica, telefonia, educação e planos de saúde. Este recuo no índice pode representar um alívio para inquilinos e consumidores em geral, refletindo as oscilações nos preços de produtos e serviços.