Atividade econômica brasileira registra terceira queda consecutiva em outubro

© Marcello Casal JrAgência Brasil

 

Índice de Atividade Econômica do BC mostra retração de 0,06% no mês, enquanto acumulado em 12 meses permanece positivo

 

 

Brasília, 20 de dezembro de 2023 – O Banco Central (BC) divulgou nesta quarta-feira (20) que a atividade econômica brasileira teve queda pelo terceiro mês consecutivo em outubro deste ano. De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), a redução foi de 0,06% em relação ao mês anterior, considerando dados dessazonalizados.

O IBC-Br atingiu 145,65 pontos em outubro. Na comparação com o mesmo mês de 2022, houve crescimento de 1,54%, sem ajuste sazonal. Já no acumulado em 12 meses, o indicador permaneceu positivo, registrando 2,19%.

O comportamento do IBC-Br nos últimos meses revela uma alternância entre altas e quedas. Após apresentar crescimento em junho e julho, o indicador registrou retração em agosto e setembro.

O IBC-Br é uma ferramenta utilizada para avaliar a evolução da atividade econômica no país e auxilia o BC nas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 11,75% ao ano. O índice engloba informações sobre o nível de atividade nos setores da economia, incluindo indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

A taxa Selic desempenha um papel crucial nas políticas do BC para alcançar a meta de inflação. A redução da Selic visa estimular a produção e o consumo, enquanto seu aumento tem o objetivo de conter a demanda aquecida, refletindo nos preços. O comportamento da inflação influenciou a decisão do BC em realizar cortes na taxa básica de juros.

A recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom) destacou que o futuro ritmo de redução da Selic dependerá do comportamento da inflação no primeiro semestre de 2024. Entre março de 2021 e agosto de 2022, a Selic foi elevada por 12 vezes consecutivas, respondendo ao aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis.

O IBC-Br, embora divulgado mensalmente, emprega uma metodologia diferente do Produto Interno Bruto (PIB), o indicador oficial da economia brasileira. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país. No terceiro trimestre de 2023, o PIB registrou crescimento de 0,1% em comparação ao segundo trimestre, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O acumulado de janeiro a setembro apresentou alta de 3,2%, e em 2022, o PIB brasileiro cresceu 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.